9.10.10

Selecção 'Verde'

Começou ontem o apuramento para o Europeu de 2012, e a ‘turma’ de Paulo Bento cumpriu a sua obrigação perante uma pobre Dinamarca, que estará a um passo de se excluir da participação na fase final.

Foi um jogo agradável, ao qual faltou o 3-0 a tempo e horas que tranquilizasse por completo a selecção e a deixasse golear. Mas sobrou entrega e abnegação, vontade dos jogadores, e apoio do público.

Para quem tinha dúvidas, e não pondo em causa a pessoa, CQ era o principal problema das Quinas, pois parece notório que não agradava a gregos (dirigentes) nem a troianos (jogadores).

Mas desengane-se quem pensa que com PBento tudo serão rosas. Não acredito. O grupo é muito acessível e estou em crer que vencer todos os jogos, ou ceder um empate apenas é possível, e não me espantaria o 1º lugar final (a Noruega não tem assim tanto valor e dificilmente vencerá em Copenhaga, muito menos em Lisboa…). Estou confiante no apuramento, mas os valores de Portugal não são hoje os de 2004 ou 2006.

Agora que já temos um seleccionador que não se acha o melhor do mundo e não vem fazer um favor à selecção, ficam a faltar um médio de valor inquestionável (temos meia dúzia de bonzinhos, mas nenhum ‘Deco’…) e um ponta de lança (duvido que esta forma surpreendente de Postiga seja para durar, Liedson não será eterno, e Almeida é fraquíssimo…).

Um lateral direito que corre, e Postigol
No jogo de ontem debutou João Pereira, que esteve ao seu nível, e será uma boa alternativa a Bosingwa, e Postiga, que em grande forma poderá relançar a carreira na selecção. O avançado teve boa oportunidade, que falhou, mas deixou boa imagem. Contra ele jogarão 2 aspectos – em forma Liedson deverá ser preferencial, e Almeida tem a seu favor o jogo físico, e presença na área, para jogos contra adversários mais defensivos.

O Moutinho de sempre
Uma das pedras óbvias de PBento será Moutinho. Ontem foi visível o apreço da CS pelo jogador. Hoje os jornais focam o mesmo.
Pelos vistos a banal médio-centro de Maio último que naturalmente não foi ao Mundial é agora um valor de qualidade indiscutível, e não tardará a receber maiores louvores, e, não tenho dúvidas a ser o segredo do sucesso do Porto campeão.
Para mim Moutinho está na mesma – lutador incansável, bom na troca de bola, muito útil na circulação, com passes quase sempre certos, incapaz de fazer a diferença em cruzamentos, remates e/ou bolas paradas, sem qualquer faro pelo golo. Merecia ir ao Mundial, merece ser agora seleccionado, dificilmente fará a diferença no meio-campo, mesmo no da selecção.


7.10.10

À espera de Bettencourt


Na entrevista de hoje quem estava à espera de algo novo saiu defraudado – o Presidente do meu Sporting adoptou o discurso de sempre, admitiu os mesmos problemas, voltou a jurar fidelidade ao seu modus operandus, considerou muito válida a sua actuação em vários sectores (menos visíveis segundo o próprio) e admitiu insuficiências, em especial nos resultados do futebol.

Porque foi feita a pergunta?
«Não me demito. A eleição foi relativamente recente. Há um mandato com um programa vasto que tem sido executado, e com dossiers particularmente complicados»
Concordo que a eleição foi recente. E é verdade que foi esmagadora. Admito até que o programa seja vasto. Em dossiers complicados acredito piamente. O que me preocupa é como num cenário destes o tema demissão já parece tão óbvio.

Ainda e sempre Paulo Bento
O antigo treinador do Sporting voltou a ser tema de foco – faltou dizer eu com PBento estaríamos quase a ser bicampeões, mas os louvores ao agora seleccionador quase roçam o ridículo. Como pode uma instituição centenária continuar a bajular um D.Sebastião que nunca venceu a principal batalha?

Oposição? Não existe…
«…as alternativas são muitos escassas em valor acrescentando e as soluções que têm aparecido são muito débeis…»
JEB não acredita numa oposição, nem lhe dá valor ou a tem em consideração. Está no seu direito. Mas deve começar a preocupar-se com as razões que levam tantos sócios e adeptos a desesperarem por uma oposição. Isso sim estranha-se que não preocupe.

Sporting contra Sporting – parte 7
«…A tendência para ignorar coisas bem feitas, para a autodestruição – que não é de agora – e para delapidar o património fantástico do clube… ambiente de cortar à faca que se vive fora do clube…»
A conversa é sempre a mesma. Quem critica autodestrói, quem não critica é seguidista e anda de olhos tapados a dizer amén aos delapidadores.
Quem apoia JEB não tem opinião própria e bate palminhas, quem critica JEB é um garoto irresponsável que passa o tempo entre blogues e fóruns a orquestrar tomadas de poder!
Ou és a meu favor ou contra mim. De um lado e de outro.

A quem interessa o Carnide?
«…O objectivo do Sporting é sempre ganhar. O objectivo realista, para já, é ultrapassar rapidamente o segundo [Benfica] – que não está em crise e tem só mais três pontos que nós. Não tem mais vitórias que nós em jogos oficiais. Se os outros não estão em crise, por que é que nós temos de estar? Acredito sempre no título, há muito campeonato para disputar...»
Objectivamente quero que o Carnide se foda. O Carnide e os outros – para mim são todos adversários. Quero que ganhe o Sporting. Sempre. O objectivo realista deveria ser contratar bons jogadores, aproveitar os poucos que temos com qualidade, e eventualmente vir a apostar num treinador que ofereça mais-valias. Os resultados viriam naturalmente…

Marat, o bom profissional
«É um óptimo rapaz e óptimo profissional. Tenho pena do que está a acontecer com o Izmailov. O Sporting nunca castigou o Izmailov por não ter feito o jogo com o At. Madrid, pois damos sempre o benefício da dúvida quando um atleta nos diz que não pode dar o seu concurso. O Marat foi acusado e considerado culpado por viajar para o estrangeiro sem autorização da entidade patronal; ausências aos tratamentos; declarações atentatórias do bom nome da imagem do empregador, director clínico e de futebol, e falsas declarações para justificação de falta»
Só não consigo perceber onde é que JEB foi buscar a ideia de que o ‘rapaz’ é óptimo e profissional. Comigo nunca mais jogaria de leão ao peito, e sentava o rabinho até final do contrato – depois recuperava forma no Porto com toda a tranquilidade (que lá haverá por essa altura!).

Futuro
Sem demissão, sem oposição, e sem alterações no rumo ou na estratégia, resta-nos a todos ter fé. A fé suficiente para se achar que somos candidatos ao título deixo-a para o Presidente, porque eu já tenho idade para ter juízo, e não me pagam o suficiente para fazer figura de pateta, mesmo que num blogue semi-anónimo.

19.9.10

6 a 1, mas em foras de jogo!

Acabamos de perder por 2-0 no reduto do Carnide, após realizarmos mais uma pálida exibição, igual a várias outras, denotando as mesmas falhas e as mesmas lacunas.

3 dias a mais
Muito se falou da incapacidade de se jogar na 2ªfeira, pois com o jogo hoje só teríamos 3 dias de descanso, contra 5 do adversário. Com o 11 de 5ªfeira, e exceptuando Carriço e ASantos, acabamos por termais 3 dias de descanso, mesmo que isso não evitasse que o adversário corresse o dobro, lutasse o dobro, pressionasse o dobro.

Entramos a perder, e sofremos um golo cedo
Como se veio a verificar pela arbitragem de Carlos Xistra (pensei que ia ser mais desnivelada) começamos o jogo a perder, e para não variar sofremos cedo, e de bola parada – definitivamente não há forma de sermos uma equipa normal em bolas paradas. Somos os piores da 1ªLiga a defendê-las, e acredito que dos piores a aproveitá-las ofensivamente…

Haverá outra queixa contra o Mundo?!?
Foram assinalados 6 fora de jogo erradamente contra o Sporting, mais variadíssimas faltas (uma das quais dá origem ao canto do 1ºgolo), e o 2º golo de Cardozo é precedido de um domínio do mesmo com a mão. Coentrão não viu amarelo por empurrar um adversário, mas Postiga viu. Saviola acabou o jogo sem um amarelo, e só o fiscal de linha que acompanhou o ataque na 1ªparte assinalou 2 faltas sem que os jogadores do Sporting tivessem sequer tocado no adversário. Fico à espera das reacções dos responsáveis do Sporting, tendo a certeza que voltamos a ser os cordeirinhos do costume.

Um lance de perigo e o frisson Roberto
À excepção de um coelho tirado da cartola por Matias, em que Liedson tirou Luiz do caminho, mas depois não foi capaz de ultrapassar o rapaz que estava na baliza (e já estava 2-0) o perigo do Sporting resumiu-se ao frisson que Roberto tem o dom de criar sempre que é chamado a intervir.
Paulo Sérgio votou a estar apático, fazendo mudanças só após o 2º golo, quando o jogo já estava perdido, e voltando a tirar o playmaker para apostar no 4-4-2 que parte a equipa e que nunca tem sucesso, pois o 2 da frente é fraco, e incapaz de ganhar uma bola alta. Será que ainda não deu para notar isso? O que fez Saleiro em 20 minutos?!?
No restante, Patrício esteve mal no 2º golo (eu gostava de poder esperar mais dele, mas já não consigo), evitou um golo feito do adversário (excelente defesa com o pé esquerdo) e deu uma monumental casa ao sair disparatado dos postes, valendo a inépcia de Cardozo.
Nas laterais, Pereira esteve melhor que Evaldo, mas ambos sofreram com a tremedeira dos centrais em todo o jogo, e tiveram ajuda zero dos alas.
O miolo do meio-campo, com Maniche e Santos, tem 2 jogadores iguais, e que não funcionam a partir da defesa para a 1ª fase de construção do ataque. Que falta faz o jogo invisível de Mendes nesta equipa…
As alas são deploráveis – não defendem, não ajudam no miolo, e não fazem a diferença no ataque, onde passam um jogo sem quase engatar um drible sequer… nem um pouco de irreverência de Salomão tivemos, para abanar o adversário!
Matias está longe de estar em grande forma, e nem fez nada de especial durante o jogo, se exceptuarmos a bola redondinha em Liedson que quase redundou em golo. É pouco? É. Mas ninguém mais dá a ideia de poder mudar um jogo como os pormenores a espaços do chileno.
O ataque viveu meia dúzia de anos de Liedson. Ninguém parou para pensar que um dia o Levezinho precisaria de outra figura que o deixasse mais longe da marcação cerrada dos centrais, e diminuísse as expectativas dos adeptos nele próprio. Alguém pensou, ou pensa que a solução possa ser Saleiro?
Do banco os reforços chegaram tarde e mal, mesmo que a saída de Yannick (o que faz Yannick jogo atrás de jogo para justificar tantos minutos?!?) melhore sempre um pouco o futebol da equipa. Mas ao sair Matias, e ficarmos com 2 médios limitados, a equipa partiu-se e o ‘bola para a frente’ voltou a dar em nada.

Setembro substitui Dezembro
Quando era ainda miúdo vivia o pesadelo dos meses de Dezembro, que no fim da década de oitenta e na de noventa era habitualmente a fase da época em que nos afastávamos da liderança – agora ficamos arredados do títulos em Setembro, se é que alguma vez lutamos realmente por ele.

Mas como diria o outro, ainda estamos em 3 frentes…


6.9.10


Somos fracos, e depois?


A ‘selecção’ nacional de futebol vive dias de tormento, e nós, portugueses, adeptos e especialmente CSocial, não somos ainda capazes de aceitar o óbvio – somos (mais) fracos!
Há 15 anos, desde que a geração de Lisboa ganhou estaleca com o Europeu de 96 que não tínhamos um tão fraco naipe de jogadores, com a agravante de as melhores individualidades serem ainda pouco maduros, com as consequências que aos poucos vamos evidenciando.
Para piorar, temos o pior seleccionador em muitos anos (mal educado, incompetente, e sem um pingo de humildade…) e os piores responsáveis federativos, que apenas a História se encarregará de crivar.

O episódio de Guimarães, aparte de uma jovem equipa sem liderança, sem um conceito de jogo, sem chama e sem garra mostrou o maior dos problemas – o Povo não se identifica com esta ‘geração Ronaldo’.
Num estádio em que orgulhosamente já assisti a um Vitória-Rio Ave, a contar para a 2ªLiga, de pé numa 4ªfila por detrás da ultima bancada do topo Norte (num jogo onde estavam bem mais adeptos do que a lotação possível), a selecção de todos nós ‘arrastou’ uma multidão de 9mil pessoas.

Mais do que convocatórias descabidas de um seleccionador ordinário e mal educado, que colocaram no terreno um meio-campo sem rotinas, sem minutos nas pernas e naturalmente sem capacidade de travar os pobres desgraçados cipriotas, assusta-me esta óbvia Scolarização da Selecção, mas ao contrário! À hora do jogo estava num restaurante a menos de 20km do estádio, e 80% dos convivas nem sequer atenção prestaram à TV, aparte da estupefacção final do 4-4, que puxou por alguns impropérios, e palavras de ordem – estragou-se o que demorou mais de uma década a construir, urge cortar o mal pela(s) raiz(es)!
8 de Outubro é já a seguir.

2.9.10

A bater no fundo

Passei as últimas 45 horas perplexo com boa parte dos adeptos do Sporting, pelo menos aqueles que polulam na blogosfera, e que eventualmente valem o que valem.
Tudo começou com a lenga-lenga do ‘pinheiro’, evitável pelo treinador, e que deixou nos adeptos a esperança de que se contratasse (finalmente) um grande ponta-de-lança. Até aqui tudo bem.
Muitos outros reclamavam um GR, experiente, sóbrio, dos que ganham pontos, uma espécie de Roberto, mas ao contrário, e de preferência baratinho.
Outro dos pedidos recorrentes era um médio esquerdo (presumo porque Vukcevic, Salomão, Valdez, Yannick, Izmailov talvez não cheguem…).

O aproximar das 24h de 3ªfeira começou a deixar todos apreensivos. Muitos blogues, na actual moda do disparate/rumor, que atrai milhares de visitantes para as supostas fontes privilegiadas, que nunca acertam coisa nenhuma (dava-me um jeitasso que as 157 confirmações da saída de Yannick para o raio que o parta tivessem sido mesmo água de boa fonte…), confirmavam que o tal médio e o ‘pinheiro’ eram certos!
Já noite dentro e para estupefacção geral, um tal de Tales (que só depois percebi ter um óptimo CV nas camadas jovens brasileiras…), pretenso 10, rápido e criativo, era a tal truta em fim janela de transferências.

A frase ‘…em vez de um pinheiro veio um arbusto…’ tornou-se inevitável. E tinha sido tão evitável, não era, PS?

O pior estava para vir. Quando já todos contavam espingardas, eis que aparece um novo GR, a preencher os requisitos dos mais exigentes. Bom (até ver!), barato, experiente, internacional alemão, e nada velhote! Ora bolas, mas então as contratações não acabavam às 00.00h? Nada disso, este rapaz estava sem contrato.

O que se seguiu, e ainda hoje é amarfanhado nos blogues mais sensacionalistas, foi uma procura incessante de um ‘pinheiro’ à Hildebrand – bom, experiente, barato, internacional, grandola, forte e goleador. Opsss, espera aí, mas tinha que estar desempregado… hummm… pois.
Não importa, vamos lá vasculhar as listas de desempregados, alguém há-de ser comprado. Li de tudo – do avô Guille Franco, ao nunca bom Nonda, passando por outras várias aves raras como Plasmati, Makukula (que teria rescindido no dia anterior, que nada adiantava, acrescente-se!) e até Maresca, que tem tanto de ponta-de-lança como Pedro Mendes.
Interessava tão e só que viesse um pinheiro. Lamentável.
Bateu-se no fundo.
Ainda hoje, até Costinha ter ‘fechado o plantel’, até um Joaquim da distrital da República do Zaire servia, desde que fosse alto, forte e desempregado. Senti vergonha.



Lambe-cús-adjunto

“Antes da convocatória, verificámos que o jogador, em função da saturação e dos muitos jogos nas pernas, podia não estar no seu melhor momento. Neste momento consideramos que João Moutinho retomou à forma inicial e, por isso, tem lugar na Seleção”.


O grande filho-da-puta que proferiu as (encomendadas) palavras anteriores é Agostinho Oliveira, outro incompetente cujo destino será o mesmo do seu palerma-mor, que segundo o mesmo, faz uma falta do caralho à Aleatoriedade de Todos Nós!


Critério. Isenção. Competência. Vitórias. Coerência. Educação. Já faltou mais para podermos almejar tudo isto numa verdadeira Selecção Portuguesa de Futebol.

3 pts e venha de lá Setembro

Já se tornou prática saudável vencer na Figueira.
Para que não restem dúvidas, mais vale começar por dizer que o 1º golo é tão claramente precedido de fora-de-jogo de Liedson, que em bola corrida me pareceu golo do Porto.
No penalty, embora tocando na bola, o defesa (burro como se comprovaria mais adiante) derruba Liedson com a perna direita – fossem metade dos penalties assinalados sobre Aimar assim tão claros.
No 3º golo faltou entregar a ficha de inscrição de sócio ao nabo que obrigou Yannick a marcar um golo.

Mas ganhamos bem, com clareza, dominando todo o jogo. Não se jogou muito futebol, mas com melhores interpretes ter-se-ia goleado sem dificuldade um adversário que há 15 dias perdeu 1-0 de penalty da moda contra um candidato ao título. Pois foi.

Para memória futura fica o final de jogo, e a dupla maravilha Yannick-Saleiro. Memorável. Admirável. Se não visse, não teria acreditado.

9.8.10


Nordsjaelland, Brondby e o futuro incerto

O Sporting ultrapassou aos ziguezagues a 1ª eliminatória da Taça Europa, embora mostrando superioridade sobre um adversário que à partida se presumia mais fraco do que efectivamente foi.
A juntar às dificuldades, os dinamarqueses mostraram mais frescura física, provavelmente por culpa de já estarem há quase um mês a disputarem o seu campeonato.
No último jogo de Veloso, brilhou Postiga e percebeu-se que com Matias em forma física, este 4-4-2, que se comporta como um 4-2-4 quando faltam as forças, terá os dias contados. Por muito que se ressalve a qualidade, Vuk, Valdez e Liedson estão longe de durarem 90min, e André Santos não é a melhor solução para a posição 6.

Brondby
É exactamente este ponto que será comum entre esta e a próxima eliminatória, em que o sorteio nos reservou novamente uns dinamarqueses, embora este clube goze de mais notoriedade, experiência e qualidade. Outro problema será, segundo os especialistas, o facto de o Brondby encarnar mais o espírito nórdico de jovens altos e espadaúdos, rotinados no kick & rush.
Penso sinceramente que somos favoritos, e que teremos oportunidade de jogar mais e melhor, podendo apresentar 3 ou 4 elementos em melhor forma física, e quem sabe já integrando Zapater no lugar de Mendes, cuja geometria e organização tanta falta fez em Alvalade.

Adeus Veloso, olá Zapater
Miguel Veloso, bandeira da formação e da Academia, mais ou menos indiscutível desde 2006, quando despontou no 11 de PBento, foi vendido por 9M€ ao Génova (com a possibilidade de comprar Zapater por apenas 2M€) acrescidos da incerteza de recebimentos consideráveis futuros (20% da venda diminuída de 7M€, e 500mil€/época por apuramento para a fase de grupos pelo seu clube!). Boa ou má venda apenas o futuro nos dirá. No imediato, saiu um jogador que andava a pedir uma transferência há 2 anos, entrou um reforço, e angariaram-se 9M€. Acredito que o Sporting será até ao momento o 4ºclassificado de uma Liga das não mediáticas com maior valor de venda de jogadores. Só mais tarde comprovaremos se os mais de 20M€ em vendas nesta época terão retorno desportivo, alicerçados nos novos reforços.

Izmailov e o fecho do plantel
Escrevo este texto no dia em que a afável A Bola (mais uma vez) lança para o público uma atoarda desestabilizadora – desta vez a intenção de Izmailov não continuar no Sporting por falta de razões psicológicas.
A cada derrota da agremiação de Carnide, o pasquim presenteia-nos com alguma notícia que atira para segundo plano os inêxitos do outro lado da estrada, a troco de uma boa polémica. Depois do ‘óbvio’ doping de Liedson, chegou a hora do Izmailov de Paulo Barbosa, o mesmo que agencia um Caneira que recebe 90mil€/mês para se equipar no balneário dos árbitros, e não com o plantel do qual não faz parte, que sofre do síndroma Jardel e quer ir embora.
Lá mais para o final da semana ouviremos talvez que Izmailov poderá transferir-se para o Porto a troco de 2 sandes de fiambre e uma Fanta de maracujá, ou quem sabe voltar a dotar as extremas do Carnide da qualidade que Di Maria e Ramirez lhes subtraíram.
De Izmailov prefiro não falar – é indiscutivelmente bom jogador, e criou boa opinião nos adeptos – mas as atitudes na época passada, as entrevistas na Rússia, e a pouca clarificação dos acontecimentos (também por culpa da SAD) continuam a deixar-me de pé atrás com este jogador. A ver vamos se sai um novoi Moutinho, ou se envereda pelo espírito Vukcevic…
Com a incerteza Izmailov, e a possibilidade real de sair Yannick, acrescida da insistência de PS em manter este 4-4-2 ousado, faltam obviamente extremos neste plantel, e parece cada vez mais difícil encontrá-los. A meu ver, Stoj ou outro poderiam resolver um caso complicado na baliza, e uns milhões num grande central seriam bem ‘gastos’. Cada vez tenho mais dúvidas com Liedson, e por isso, mas não só, penso que precisamos de um goleador, que não será concerteza Saleiro.


27.7.10

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New York Challenge

Foi com esforço, dedicação e devoção que deixámos uma bela imagem aos milhares de portugueses entusiastas presentes nos EUA, e acima de tudo que carregamos as baterias de auto-estima, há tanto tempo descarregas no nosso clube.

Ainda estamos na pré-época, é certo, e oos resultados e exibições pouco ou nada contam na prática, mas também é certo que já estamos a jogar muito mais futebol do que alguma vez jogamos na época passada e durante largos períodos das anteriores.

Foi possível verificar que há bons reforços (passe a redundância), e que há ideias para o futebol leonino, que já são meritoriamente interpretadas pelos jogadores.
Continuam a existir debilidades? Sim, e óbvias – não há mais-valias para a baliza, as alternativas nas laterais são péssimas (Abel é mau, Grimi inenarrável…), não há óbvias alternativas a Matias (Valdez?!?), nem tão pouco um verdadeiro matador para jogar ao lado (ou em vez de) Liedson. Mas há um miolo que será previsivelmente preenchido por um incrível Mendes, e um dedicado Maniche, onde transborda experiência, dois laterais como há muito não se via, capacidade no 1 contra 1 nas laterais ofensivas, e alegres surpresas como Vuk, Postiga ou Santos, mais o crescimento desse talento que é Salomão, que poderá mesmo a vir a ser uma certeza.

Yannick e Veloso
Quem passa amiúde por este blogue sabe das minhas preferências e daquilo que desejo para o Sporting – e dessa forma sabe que não considero Veloso e muito menos Yannick essenciais neste (que se quer) novo Sporting. A propósito, penso o mesmo de Patrício, Polga e Liedson.
Segundo a imprensa, que vale o que vale, Yannick (Tottenham) e Veloso (Génova) estão por um fio, e por valores curiosos.
Não penso que Yannick valha sequer próximo de 5M€ (quanto mais 7M€ e um jogador para empréstimo…) e o mesmo posso dizer dos valores de Veloso (tenho dúvidas nos 10M€, que dizer de incluir a totalidade do passe de Zapater?), mas é uma opinião muito própria, pois já ouvi muitos leões considerarem que Veloso será mal vendido abaixo dos 20M€ (serão porventura os que acharaiam que 20M€ era pouco, se fossem esses os valores ventilados…)!
Sobre ambos quero apenas dizer que muito dificilmente serão titulares no Sporting – porque Yannick é muito inferior a Valdez, Marat e Vuk (e sê-lo-á em relação a Salomão…) e porque Veloso não conseguirá tirar Maniche da equipa e corre inclusive o risco de se ver ultrapassado por ASantos… ou seja, conseguir juntar 15M€ em vendas de segundas escolhas pode bem ser o(s) negócio(s) do ano. Que sirvam para um GR, um desequilibrador nas alas, um matadoir ou eventualmente um bom defesa central (embora esteja a gostar particularmente de NAC!).

Estou manifestamente optimista para o encontro de 5ªFeira. Gostava de ver repetida a exibição convincente que realizamos frente ao City, a vitória, e a entrega e seriedade dos jogadores. Gostava de ver Mendes como capitão, e Postiga como titular…


17.7.10

Quo vadis, Sporting?

Chegados ao final do estágio principal de pré-época (marcado por óbvia e pesada derrota com o PSG), com a apresentação aos sócios por horas, e a caminho da entrada na Liga Europa (preparada com um difícil alinhamento nos EUA…), fica a ideia de este Sporting está em construção (para ser simpático).

Em construção de plantel.
Em construção táctica.
Em construção de comunicação.

O plantel leonino conheceu novas caras, e algumas delas parecem efectivamente reforços. Evaldo é indiscutivelmente um jogador de valor, Maniche em forma física poderá acrescentar muito, ASantos é um jovem de valor e do pouco que já se viu de Valdez, parece um jogador agradável – sobram NAC e Torsiglieri, que pela posição que ocupam merecem mais tempo para se rotinarem…
Para já o principal problema dos plantel prende-se com os que já cá estavam, tendo em conta ainda a provável saída de Velos e Yannick.
Não sou dos que considera Patricio o pior GR do Mundo, mas admito que não tem melhorado ao longo dos últimos anos, como se esperaria. Não melhora essencialmente na presença na área, e na imposição e comando perante a sua defesa (que também não ajuda…). Não melhora no jogo de pés, ou tão pouco nas saídas da baliza que permitam à defesa jogar mais subida, impedindo o adversário de se chegar às nossas zonas aéreas defensivas com relativa facilidade.
Nas laterais temos duas boas soluções, não o nego, mas temos duas alternativas que me envergonham – embora Grimi bata aos pontos todo e qualquer jogador do plantel. É inenarrável a falta de qualidade do jogador. Lamentável, mesmo. Não sendo assumidamente um adepto de ‘queimar etapas’, porque não Cedric Soares para opção na direita?
Na zona central, Carriço em vez de se afirmar continua perdido na sua progressão com parceiros que oscilam entre o banal e o fracote – espero que NAC e/ou Torsi mudem este trajecto, embora pense que deveria ter sido contratado um defesa central alto, forte e experiente.

4-4-2? Ora repita lá?
No miolo as coisas complicam-se se a opção passar por 2 médios, e não 3, com um playmaker mais avançado. Para já só se vislumbram 2 boas soluções (Maniche e Santos) e esperam-se outras duas (Mendes e Veloso). Saindo o Veloso, será imperativa a chegada de um reforço (MFernandes?).
Nas alas e no miolo do ataque residem outros grandes problemas, desde logo porque há quem ache que Liedson não rende com um sistema de 1 avançado só… (aqui que me desculpem, mas prefiro o Sporting como um todo, a Liedson…)
Nas alas faltam bons jogadores, experiência e rotinas – Marat pode não ser uma maçã, mas está podre (pena que PdC não volte a encarnar a personagem de bom samaritano), Vuk parece com outra vontade, mas precisará de criar rotinas como interior/ala direito… Valdez parece demasiado tentado pelo miolo do terreno, Salomão é talentoso, mas verde e Yannick não á nada! Se pensarmos que na actual táctica poderão ter que jogar 2 alas…
Na frente Postiga e Saleiro revelam-se medíocres (embora continue a achar que motivado, Postiga tem talento para singrar…), Pongolle gosta de jogar solto, e Liedson também.

Porque não varrer tudo de uma vez?
Já o digo há meses a fio, e mantenho esta ideia – só teremos condições de voltar à ribalta do futebol nacional quando varrermos a mediocridade instalada na era PBento (nada tenho contra o técnico ou pessoa, apenas não me identifico com a mentalidade não-ganhadora do mesmo, que não se coaduna com a história do meu Sporting).
Saiu JM e bem (poderá ser discutível o destino, mas falaram mais alto os €!), saiu Caneira, e deveriam sair Patricio, Abel, Polga, Tonel, Grimi, Veloso, Marat, Yannick, Postiga e Liedson.

Sob a liderança de Carriço, Mendes e Maniche, e já contando com outros bons jogadores (Pereira, Evaldo, Santos, Matias ou Vuk), devia ter-se aproveitado a oportunidade (sim, porque um vergonhoso 4ºlugar devia ter sido encarado essencialmente como uma oportunidade!) de quebrar com um passado recente inglório, sem títulos de campeão, presenças europeias dignificantes, futebol agradável e aumento de simpatizantes e/ou sócios.

Eduardo (ex-Braga); Marquez (Barça); Drenthe (Real), MFernandes (Valência), Dos Santos (Tottenham); Donovan (LA Galaxy); Birsa (Auxerre); Nene (ex-Mónaco); Kacar (Hertha); Ayew (Avignon); Santa Cruz (City); Vittek (Ankaraguçu); Huntelaar (Milan), Suazo (ex-Saragoça) poderiam efectivamente ser reforços.
Não temos dinheiro? Talvez não… mas temos chavões com ‘engenharia financeira’, ‘antecipação de receitas’, ‘parceiras com empresários’, ‘empréstimos com opção de compra’ que poderiam ajudar e muito, a meias com os proveitos de algumas das vendas acima preconizadas… mais o aumento das receitas, sempre de mãos dadas com o entusiasmo dos sócios!

Só assim poderemos almejar continuar a ser um grande clube, tão grande como o maiores da Europa!


11.7.10

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SportingCP 1-1 Nice

Pongolle (74, gp)

Jogo morníssimo, com vários elementos de início que provavelmente nem irão aguentar-se no plantel.
PS optou, e provavelmente bem, por colocar toda a gente a jogar, e acabou por poupar os elementos mais fiáveis para o difícil teste frente ao PSG, já na próxima 4ªfeira.
Numa 1ªparte fraquinha, destaque para a certeza que NAC não rende como trinco, pelo menos quando o Sporting quiser assumir o jogo… e que os 2 laterais apresentados são pouco mais do que sofríveis, e não justificam sequer a permanência no plantel, tal a disparidade para JP e Evaldo.

77

Bons pormenores de Vukcevic, enquanto durou o pulmão, boas movimentações de Pongolle, e 25minutos finais mais aceitáveis, embora já contra 10.

André Santos tentou rumar contra a maré, mas Martins e Owusu são demasiado verdes, tal como Salomão (embora talentoso).

Torsiglieri não teve estreia auspiciosa, fez uma falta (assim pareceu) desnecessária para o golo adversário, e pouco se viu defensivamente, num jogo que também não serviu as suas características.

Vamos esperar por melhorias para o jogo frente ao PSG, e acima de tudo que chegue rápido Matias, porque aquele miolo precisa de quem lhe pegue! E um avançado centro também faz uma falta dos Diabos…


10.7.10

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SportingCP 1-0 Young Boys
Saleiro (27)


Começou a rolar a bola mais a sério na nova época desportiva. Depois de 3 jogos à porta fechada na Academia, o estágio na Suiça teve o seu 1º jogo (também o 1º televisionado) e saldou-se com uma a vitória justa e tangencial da melhor equipa, embora sem deslumbramentos ou tão pouco grandes certezas no futuro.
Plantel demasiado incompleto
Salta à vista de qualquer adepto que este Sporting (versão 2010/11 de Paulo Sérgio) está ainda manifestamente longe de estar definido, e por consequência, o plantel está ainda deficitário e pouco fiável.
A primeira ideia que se ressalva é a de que PS vai fazer poucas substituições durante os jogos de preparação, provavelmente para habituar o mais rapidamente os jogadores a 90 minutos. Embora esta opção possa diminuir a capacidade da equipa nas partes finais destes aprontos, espera-se que traga frutos a médio prazo, quando os jogos forem a doer.
Mesmo assim, não serão mais de 4 ou 5 os que jogaram neste encontro e possam vir a jogar como habituais titulares (na baliza a escolha será concerteza outra, a defesa não será muito diferente desta à excepção de Polga, o miolo contará muitas vezes com Maniche e Santos, mas no resto, e porque Yannick deve estar de saída, vimos apenas segundas opções). Sem perder muito tempo, basta referir que Patrício, Torsiglieri, Mendes, Matias, Marat, Valdez e Liedson não actuaram, e a estes ainda se acrescentarão os reforços que mais tarde chegarão.

Bons apontamentos e novos princípios de jogo
PPS avisou, e a equipa está a dar mostras de querer chegar lá – a pressão alta, e consequente recuperação de bola no meio-campo adversário parece vir a ser uma das prioridades. Mas no 4-4-2 clássico que PS apresentou, os 2 alas pouco ou nada contribuíram para tal, e a dupla da frente muito cedo deixou de ter pernas para tal objectivo. Restou um miolo esforçado (a que se juntaria mais tarde NACoelho) e 2 laterais a mostrarem já grande disponibilidade.
Quem deu mais e menos nas vistas foram os alas (ou extremos) – Yannick mostrou outro patamar de velocidade, que lhe permitiu os melhores desequilíbrios, e a assistência para o golo, o jovem Salomão, embora com bons pormenores parece ainda verde, e pouco à vontade com tamanho salto qualitativo na carreira.
Para mim, quem me encheu as medidas foram os laterais, bem a atacar e a defender, que será a grande diferença qualitativa desta equipa em relação ao início da temporada passada – Evaldo será reforço cirúrgico, e João Pereira poderá definitivamente explodir, e vir a ser opção inclusive na selecção nacional, órfã de Bosingwa.

Tacticamente disparatando
Tenho dúvidas em aceitar que o 4-4-2 clássico seja a solução para o Sporting, em especial jogando com 2 extremos tão ‘extremos’, sem capacidade de jogar por dentro, ajudar na pressão e incapazes de defender. Mais – neste sistema onde encaixará Matias? Na frente ao lado do provável Liedson, preso de movimentos? No duplo pivot defensivo, agarrado a tarefas defensivas, tentando ser um box-to-box?
O 4-3-3 dos últimos minutos, mais à medida de Maniche e Matias, também não me convence por aí além, uma vez que é já notório que Liedson precisa de jogar na frente com companhia.
Estou em crer que a opção de PS passará por um sistema híbrido que misturará de alguma forma estas duas vertentes tácticas, assente na preponderância dos defesas laterais, e na chegada de um ala desequilibrador (Drenthe, Valdez?!?), capaz de encarar sempre o defesa, ir à linha e cruzar, privilegiando o jogo aéreo do avançado-centro.
Será isso possível no momento? Na minha opinião, ainda não. Até porque Yannick é o único realmente capaz de desequilibrar na linha, mas é muito limitado no passe e no cruzamento, e teria que o fazer do lado direito, obrigando Evaldo a ter que fazer toda a ala esquerda, quando penso que o modelo assentará precisamente no contrário. Passo a explicar:

O 4-4-2 desequilibrado
O 4 defensivo será formado por JP, Carriço, Evaldo e outro central, tenho poucas dúvidas. Aproveitando as características dos jogadores, Evaldo será sempre mais comedido ofensivamente que JP, e por isso o 4 de meio campo deverá ser formado por um trinco mais estático (Mendes), um 10 organizador de jogo (preferencialmente Matias), um 8 que descaia para a direita, mas que dê a linha a JPereira (Maniche, ASantos, Valdez?) e um ala esquerdo de linha (oxalá Drenthe, no futuro eventualmente Salomão). Este esquema permitiria ao Sporting utilizar 2 avançados mais móveis (p.e. Liedson e Pongolle/Vukcevic), ou 1 avançado mais posicional e outro solto (aqui Saleiro poderia ser mais estático e todos os outros candidatos a avançado móvel incluindo Postiga).
Para este formato, que de acordo com as peças na posição 7, 8 e 9, poderia ser mais ou menos ofensivo, faltará sempre reforçar o plantel actual com pelo menos um ala esquerdo de valor inquestionável, mais um jogador para o miolo (se não ficar Veloso!), e objectivamente um avançado de área, capaz de jogar de cabeça (coisa que Saleiro não sabe), possante e essencialmente finalizador (Velasquez, Boghossian?). Sem estes ajustes no plantel, não será possível implementar este 4-4-2, que gosaria de ver praticar um futebol de ataque, sempre para ganhar, que levasse gente aos estádios e revitalizasse o nosso Clube!

De saída
Os jornais dão como quase certa a saída de Veloso (para Madrid ou Itália) e Yannick (para um clube médio inglês). Já aqui o escrevi que não sou especial fã de nenhum dos 2. Considero inequívoca a predestinação e qualidades naturais de ambos, mas enquadro-os no típico ‘jogador estrela’ que se auto-satisfaz muito cedo, se considera melhor que os colegas, acima do conjunto, e passa a vida entre possíveis saídas para colossos europeus. Já tivemos vários exemplos destes e continuaremos a ter enquanto não ‘dermos o exemplo’ devido nestes casos.
Mais do que os potenciais valores envolvidos nas transferências (não me parece que Yannick valho 8M€, e muito menos Veloso valerá 18M€…), é curioso perceber que serão mais 2 apostas da panela de PBento que abandonarão Alvalade, possibilitando quiçá que PS não se transforme noutro Carvalhal. Assim seja.

Ciclismo de regresso?
Que me perdoem a graçola, mas o nosso equipamento principal faz-me lembrar um equipamento de ciclismo (será ainda pior quando o calção for o preto…). Ao contrário do habitual, o alternativo, que ainda não vi ao vivo, parece-me agradável – é determinante o leão a sombreado no ombro direito, à imagem do que a Puma fez com as suas selecções no Mundial 2010.

Graças a Deus
PS pode até não vir a singrar (a tarefa será tudo menos fácil…), mas saúdo-lhe a transparência no discurso, e o arrojo de não fugir às perguntas – o exemplo do que disse de Vukcevic (77?!?), e a forma simples como esclareceu que sobra magia e falta trabalho à cantera, espelha bem que estamos perante uma lufada de ar fresco na ‘linguísticagem do futebol’. Que não mude, mesmo se os resultados escassearem.






6.7.10

Sai João Moutinho, entram 11M€

O universo leonino foi neste fim-de-semana assolado pela notícia bombástica – João Moutinho (JM), até aqui seu capitão estava prestes a assinar pelo FCPorto.
À luz do que hoje já se sabe (objectivamente ouvido da boca de intervenientes, e não em teorias jornalísticas), e após a renúncia de JM em voltar a vestir a camisola do Sporting, José Eduardo Bettencourt (JEB) decidiu aceitar uma proposta de 11M€ (acrescida de 25% das mais valias numa transferência futura…).

Devo esclarecer que não teria a mesma decisão. Imediatamente após a declaração de JM em não voltar a vestir a camisola do nosso clube, apenas lhe diria que concordava com tal desejo, e pedir-lhe-ia que se apresentasse todos os dias aos treinos, até 2014. Estaria dado o exemplo Féher, com o adicional emotivo de ser um reles encarnado, mal agradecido o destinatário.

Mas percebo JEB, que dada a deficitária condição financeira do clube preferiu 11M€, e aproveitou para ainda pescar Nuno André Coelho (NAC), um central promissor, por 1M€ (embora apenas 50% dos direitos financeiros).

JM passou à história. Urge apagar todo e qualquer registo da sua passagem pelo clube, e urge pedir aos responsáveis pela Academia que procurem formar melhores homens.

NAC, em que poucos reparam, era o sucessor natural de Bruno Alves. Inexplicavelmente foi posto à venda, quando todos esperavam que visse a obter a camisola 2. Veio para o Sporting, espero que para singrar.

JEB prostrou JM perante os adeptos, e fê-lo bem. Não há que ter pena de quem não tem respeito pelo nosso clube.

11M€ dá para muita coisa
É certo que com a chegada de 11M€, fresquinhos do Dragão, apenas metade do problema está resolvido – a outra metade ficará quando se comprarem 1 ou 2 médios que completem o plantel (para além dos extremos e do avançado centro mais forte e com jogo aéreo…). Manuel Fernandes seria quanto a mim uma boa hipótese, embora deve ser demasiado caro. Espero que não se voltem a lembrar do oscilante HViana…

O problema Izmailov
Por muitas cabeças rola já o stress da venda de Marat, ainda para mais para o Porto. Confesso que considero que fará mais falta Marat que JM, mas tudo tem um preço, e Marat também o terá. Pró Porto? Até para o Carnide podia ir, desde que se acautelem as contrapartidas financeiras…
Ainda falta muito
Com a saída de JM, abriu-se a porta à ‘panelinha de PBento’ – o precedente criado pode ter um desenvolvimento inesperado – Marat, Veloso e Yannick podem ter percebido que se esticarem a corda podem viabilizar a saída, mas também ficaram já a saber a posição natural do clube, e sabem que arriscam muito, e terão muito mais a perder do que a ganhar, principalmente se lhes passar pela cabeça ‘ir para fora cá dentro’…
Por outro lado, Vuk foi readmitido (o que demonstra o quão grave deve ter sido o caso Stoi), e Polga e Caneira já não são vendáveis ou tão pouco decisivos no plantel.

Não concordo de todo
Já corre a Blogosfera a opinião de MST – como quase sempre, não concordo de todo, embora me pareça uma opinião menos errada do que a de muitos adeptos portistas…
Nem JM é assim tão fracote, nem NAC terá o futuro da selecção garantido. Mas que bem vistas as coisa serão bem mais de 11 simples Milhões de Euros, disso tenho poucas dúvidas…


24.6.10

Novo ano (época), vida nova!

Já arrancou a época 2010/11 em Alvalade/Alcochete, e para já os sportinguistas têm sido agradavelmente surpreendidos.

Paulo Sérgio trouxe um novo discurso (já tinha saudades de um timoneiro que não fosse profeta da desgraça e que não recorresse aos clichés ‘orçamento’, ‘plantel’, ‘rivais’ a cada resposta…), e uma nova mentalidade que se aplaude, e que espero esteja para durar.

Pelo meio chegaram reforços. André Santos é promissor e da casa – merece uma oportunidade séria, Maniche poderá emprestar garra e empenho a um meio-campo leve, levezinho que se dispensa, e Evaldo vem suprimir a mais óbvia lacuna no plantel. Já ontem chegou, escapando miraculosamente à interminável lista de reforços dos jornais para o nosso clube, um central alto, forte, jovem e promissor – Torsiglieri, que se saúda.

Ainda faltam reforços? Sim, não tenho dúvidas, mas já me preocupam mais os excedentários de luxo, mimados nos últimos 4 anos, que por certo poucos ou nenhuns quererão, e que pagos a peso de ouro minam contratações futuras…




Do 8 ao 80, com 7 golos!

Quem me conhece sabe que nunca fui um entusiasta deste grupo, que Carlos Queiroz (CQ) formou para atacar o Mundial 2010.
Reconheço que os elementos seleccionáveis (mesmo com Pepe e Liedson) são de valor inferior aos de 2008, e incomparavelmente inferiores aos de 2006 e 2004.

Não esperaria uma vitória no Mundial, ou mesmo o honroso 4ºlugar de 2006, mas não posso concordar com a escolha do seleccionador (para mim vulgar, nada humilde, pretensioso, e acima de tudo incapaz de ser líder do que quer que seja…) ou tão pouco com o colinho dos media em relação a este treinador que apanhou a melhor geração de jovens portugueses e teve condições que nenhum outro teve, e depois coleccionou falhanços e decepções por todo o lado onde passou, em especial no Sporting, onde desperdiçou provavelmente o melhor plantel dos últimos 40 anos.

Muitos refugiam-se nos títulos do Man Utd, e para esse eu tenho apenas uma pergunta – Se vocês fossem adjuntos de José Mourinho desde 2003, quantos títulos VOCÊS teriam ganho?

Não perderei tempo com os convocados ou a chamada patética de Ruben Amorim, ele é que sabe, ele é o maior.

Jogámos muito pouco contra a Costa do Marfim, e na 1ªparte contra a fortíssima Coreia o jogo foi dividido (mais uma vez a imprensa branqueou esta evidência, como fez noutras alturas durante o apuramento…), acabando a estratégia dos próprios Coreanos por nos abrir as portas da qualificação.

Não temos equipa para o Brazil, e não teremos para a Espanha – e muito dificilmente para o Chile, embora este seja mais acessível.
No entanto, caso o Chile empate a Espanha e a Suiça ultrapasse as Honduras, pelo escalonamento dos restantes, é bem provável que possamos chegar às meias-finais pois previsivelmente viremos a jogar frente a Suiça e Paraguai. Mas a Espanha não perderá.


P.S.- Acho nojentos os comentários do especialista Luís Freitas Lobo, na RTPn. A expressão ‘…até aos 70min jogamos apenas com portugueses…’, referindo-se ao jogo frente à Coreia, é do mais lamentável que ouvi em canal aberto nos últimos anos!


28.3.10

Voltou o Sporting Clube de Equívocos

Jogou-se na 6ªfeira na Madeira um jogo importante para aferir da capacidade de entusiasmo e auto-motivação, e mesmo do profisisonalismo, dos jogadores do Sporting.

Não irei por em causa o profissionalismo dos jogadores, mas pelo menos a auto-motivação e o entusiasmo ficaram no continente, poupando o bilhete da viagem.

Sem Moutinho e Veloso, Carvalhal poderia ter aproveitado para oferecer o miolo ao motor da mundialista selecção chilena, e eventualmente uma ala a Pereirinha (ou porque não a Vukcevic?), mas optou por colocar a batuta nos pés de Adrien, e ‘adiantou’ o endiabrado JPereira para ala, mantendo Abel e Grimi nas alas, com o sucesso que se vem conhecendo, e que sem surpresa se manteve.
O Sporting perdeu, e perdeu bem. Poderia até ter ganho? Sim. Dominou o inicio da 2ªparte, podia ter marcado, e o fiscal de linha até deveria ter deixado Saleiro ficar isolado face a Pessanha. Mas o futebol apresentado foi tão mau, que quase apetece escrever que a jogar a feijões, e tão mal, a derrota é mais do que justa, mesmo frente a um adversário medíocre.

O dedo de Carvalhal
Ao contrário da maior parte dos adeptos, procuro não precipitar avaliações sobre treinadores nos primeiros meses em que trabalham, preferindo dar-lhe o meu apoio incondicional, esperando que o tempo me ajude a formar uma opinião mais equilibrada.
A Carvalhal dispensei o mesmo expediente, e depois deste jogo penso estar em condições de afirmar que por mim não deveria continuar ao leme para a próxima época.
Joga (ou já jogou) o Sporting melhor com Carvalhal do que fez esta época antes deste treinador chegar? Sim, sem dúvida.
É o plantel fraco, e a estrutura de suporte ao treinador deficiente? É, sem dúvidas, e nem os reforços de Inverno amenizaram essa situação.
Mas a equipa que Carvalhal apresentou na Madeira (e prefiro não reflectir sobre a viagem de Marat aos Barreiros) não lembra nem ao Diabo. Se depois destes meses cometeu tantos equívocos num jogo só, então mais vale sondar o Professor Neca…

Valorizar activos com o Mundial no horizonte
Se há algo porque lutar nestas 6 semanas é por criar condições para levar ao Mundial o maior número de jogadores possíveis.
O Sporting tem convocáveis para o Mundial Patricio, JPereira, Carriço, Tonel, PMendes, Veloso, Moutinho, Matias, Liedson e Saleiro. Chega a ser abusivo pensar que se poderiam levar 10 jogadores aoMundial, mas até podia acontecer, embora seja praticamente impossível.
O que faz Carvalhal a esta gestão de activos nos últimos 3 meses?
- JP perde o lugar para o estratosférico Abel;
- Veloso joga sempre a médio, onde menos falta faz à selecção;
- Matias não joga em sistema nenhum;
- Saleiro joga a espaços.

Pelo que se pode ver Carvalhal tem 3 apostas claras para o Mundial: Grimi, Abel e Yannick.

Outra curiosidade que fica por debater é a objectividade das contratações de Janeiro – JP não conseguiu roubar o lugar ao arrastado Abel, Pongolle nem ritmo de jogo consegue ganhar. Para aumentar os equívocos, do Verão Matias continua sem ser aposta, e Caicedo até já rumou ao país vizinho.

Ainda há quem ache que o problema do Sporting passa por falta de dinheiro e atrasos nas reestruturações financeiras?


Marat e os media
O caso de Marat Izmailov, objectivamente empolado por uma imprensa que brinca com o Sporting de forma repetida e continuada, ainda não chegou ao fim.
Embora ainda esteja para perceber qual a real diferença entre jogar com analgésicos para dores insuportáveis, e jogar infiltrado, o russo foi infeliz na entrevista dada na Rússia, perdendo boa parte da razão que poderia ter ao considerar que Costinha extravazou o seu descontentamento com a situação para lá do aconselhável.
Pelo meio sobra Paulo Barbosa, que comigo não teria jogadores em Alvalade.
No final Marat acabará por ser vendido, pela certa abaixo do preço que poderia valer, e ‘no pasa nada’, ficando mais uma vez o Sporting prejudicado.
E o tratamento aos media mantém-se. Lamentável.

21.3.10

Izmailov vs SportingCP

É difícil dissociar a eliminação do Sporting na Liga Europa sem escrever sobre Marat Izmailov, e sobre a sua não presença na equipa, nomeadamente no 11 inicial.

Injusto seria, no entanto, atribuir a culpa da eliminação ao simples facto de o russo não ter jogado, ainda para mais quando o jogador foi dos menos fulgurantes quer em Madrid, quer frente ao Vitória.

O que a seguir escrevo é completamente ausente de um gosto especial por qualquer das partes, pois se há algo que estes 32 anos de sportinguismo me ensinaram é que não há nada nem ninguém mais importante que o clube, e que o tempo dos Manuel Fernandes e do amor à camisola não é mais do que uma agradável saudade.
Tenho a opinião de que Marat Izmailov é dos melhores jogadores que compõem o actual plantel do Sporting. Para mais, goza da quase inexistência de jogadores com as suas características, e capazes de desempenhar as mesmas funções que ele, o que o torna num quase indiscutível, mesmo padecendo consecutivamente de lesões, quase desde que chegou ao clube.
Sobre Costinha quase não tenho opinião. Sei e já sabia, porque nunca foi segredo, que Costinha era sportinguista de pequeno. A sua postura no Porto só o engrandece, pois foi sempre um grande profissional, tal como aconteceu na selecção portuguesa, onde chegou como um perfeito desconhecido numa equipa de estrelas. Se será ou não um bom director desportivo, só o futuro o dirá.

A situação ocorrida no dia de jogo decisivo é difícil de analisar. Marat não se sentiria confiante (segundo o que foi dito, e nunca contrariado!) e recusou jogar (aventou-se a hipótese de jogar infiltrado, algo que foi peremptoriamente refutado pelo Dep. Médico, e que Marat não pôs em causa). Colocou, respeitosamente, os seus interesses acima dos do Sporting. Não condeno, embora considere que tal decisão deve pesar em futuras opções, e fazer os responsáveis decidir se um jogador com estas características deve ou não estar no clube.
Costinha terá reunido todas as partes e optou por retirar o jogador da convocatória (o que vai de encontro ao pedido do jogador). Este, indelicadamente e em opção inversa por exemplo à de Carriço, terá apressadamente saído da concentração na Academia, e nunca mais voltou.

Paulo Barbosa, para não variar
Do dia do jogo para cá, Marat já terá faltado a pelo menos 2 presenças em Alcochete, tendo o seu empresário tentado justificar uma delas.
Costinha, e bem, voltou a falar e objectivamente disse não perceber porque razão o russo não atendia sequer o telemóvel.
O empresário, numa postura claramente conivente, nada disse sobre a localização do jogador, ou sobre alguma justificação para a situação, defendendo-se apenas de que o jogador não se sentia confiante para jogar.

O futuro
No cenário actual, parece óbvio que o caminho de Marat em Alvalade chegou ao fim. Por outro lado, Costinha, para o bem ou para o mal, terá tomado a mão no balneário, e parece reunir condições (até pelo discurso) para cortar a direito nos problemas que têm assolado a equipa, já antes da chegada de Carvalhal. Os bufos, os amuados, os meninos mimados poderão ter os dias contados.

Costinha em tarefa hercúlea
O ‘Ministro’ não terá tarefa fácil, e mesmo tendo pulso firme, dificilmente consigirá no actual cenário económico/desportivo do clube inverter a tendência de autodestruição em que nos encontramos.
Se prestarmos atenção, facilmente constataremos que o plantel possui uma dúzia de jogadores que não fazem falta nenhuma (e alguns deles a ganhar demasiado), e que nos desportivamente mais valiosos residem os principais problemas disciplinares.
A excepção abriu-se com Moutinho. Por decisão directa de PBento nada aconteceu ao jogador, com a agravante de este ser o capitão.
Pouco tempo depois, e até aos dias que correm, a cada novo período de transferências, Veloso faz questão de mostrar que está a prazo no clube, e que almeja novos desafios. O que faz o clube? Nada.
Stoijkovic e Vukcevic são outros 2 exemplos. O GR foi desperdiçado, e o extremo joga sempre sobre brasas e mostra-se incapaz de voltar ao redimento que já teve, sendo continuadamente acusado de ser o principal bufo do balneário.
Liedson ganhou o duelo ao anterior director, e ‘no paso nada’ disciplinarmente ao avançado que até marcou dias depois para a Taça da Liga.
Marat, até esta altura considerado dos mais profissionais no clube afinal também fez das suas.

A questão que se coloca é – ‘Que jogadores servirão para começar 2010/11?’. Costinha, e o novo treinador terão a palavra.

Madrid, uma oportunidade perdida

Analisando a equipa nos 2 jogos pode concluir-se que este Atlético era demasiado acessível para o Sporting se dar ao luxo de não o eliminar, ainda para mais numa altura da época em que já quase só jogava para esta competição.

O Atlético tem individualides muito acima das nossas (Kun é só o maior dos exemplos), mas falta-lhe uma equipa e alguém capaz de ser o seu patrão. Torna-se acessível para qualquer adversário.

Já nós jogámos como uma equipa em Madrid, mas sofremos dos desvarios individuais (1º de Grimi, infantil, depois do árbitro que viu demais em Tonel), e em Alvalade fomos dinamitados na confiança por um jogador que merece muito mais que uma pobre equipa, um tal de Aguero. Mesmo assim, e depois do 2-2 faltou-nos, mais do que garra ou empenho, pernas e discernimento, de mão dada com a habitual falta de qualidade de vários elementos.

Caneira e Pedro Silva
Foram opções de recurso, e foram talvez até dos piores (por lá andaram os golos…) mas pouco mais se lhes poderia pedir – Silva é 3ªopção para a ala direita e jogou à esquerda, e Caneira fez o 1º jogo como central em muitissimas semanas, talvez demais.

Carvalhal
Teve o mérito indiscutível de pôr a equipa a jogar outro futebol (fazer pior em termos exibicionais do que o seu entecessor seria difícil!) mas estagnou num momento em que devia defender a equipa e não compactuar com os interesses instalados. A saída de Sá Pinto determinou o fim do poder de escolha de Carvalhal, e a colocação de Silva na esquerda mantendo Veloso ao meio e Matias como eterno suplente, mostra bem as debilidades de decisão por que o treinador passa. E é pena, porque Carvalhal, não sendo o Special Two, não parece mau treinador…


28.2.10


Uma goleada para agradar a Mariano Gonzalez

Viveu-se hoje a melhor noite de futebol em Alvalade desde o retumbante atropelo do Carnide para a Taça de Portugal.
Melhores que o adversário, muito melhores em muitas fases do jogo (mesmo que frente a um Porto estranhamente fraco), o 3-0 até soube a pouco, tal foi a superioridade vincada em 90 minutos, apenas 3 dias depois de um jogo pleno de sucesso para a Liga Europa.

Golear com 9 não é fácil
Continuo a considerar que as maiores limitações do Sporting são os 2 laterais. Hoje, com o decorrer do jogo, Abel e Grimi terão conseguido defensivamente as melhores exibições da época (Mariano e Varela também foram dos piores adversários que terão encontrado…), mas as suas limitações são mais que muitas, e só não as vê quem não quer.

Yannick a deixar água na boca
O 20 do Sporting esteve endiabrado, e fez a cabeça em água a Fucile. Embora seja uma pena as limitações do extremo, péssimo na recepção, mau a cruzar, e limitado tacticamentre, hoje a sua velocidade, e as deliciosas mudanças de velocidade e direcção abanaram a estrutura adversária. É uma pena que 4 anos depois ninguém consiga equilibrar as características deste promissor jogador que corre o risco de passar ao lado de uma carreira que poderia ser bem melhor.
Com a frescura física que demonstra, se tiver a humildade de defender como hoje fez, e se rotinar com os colegas, poderá acabar a época em muito bom nível. Assim espero.

45+1
Seria o golo de Veloso, pleno de intenção que mataria o jogo, mas foi o remate seco do russo (com Hélton muito mal batido) que traçou o destino deste jogo. E tudo começou em mais um cruzamento disparatado de Grimi...


Pedro Mendes e mais 10
Há quem não goste do futebol demasiado lateral do trinco contratado em Janeiro, mas a sua organização, garra e humildade alastrou-se à equipa, e isso nota-se.
Queiroz agradecerá, e os adeptos de Portugal poderão dormir mais sossegados, porque com Mendes, a selecção estará seguramente organizada.

Adversário fraquinho, fraquinho…
Este não foi o habitual Porto dos clássicos, e isso também ajudou. Uma defesa carente de um trinco (que não é Tomás Costa, de certeza…) e um miolo orfão do Meireles de antigamente derrubou o já de si fraco ataque onde Falcão (óptimo jogador) andou de braço dado com a mediocridade latente de Mariano e Varela (uma espécie de Xannick, mas para pior…)

Obrigado por tudo, Sr. Ferreira
Um critério filho da puta, em especial na 1ªparte e a particularidade curiosa de ter assinalado mais faltas a Liedson do que à totalidade dos defesas do Porto embelezaram esta grande exibição de mais um árbitro fraco, fraquinho.

Jornaleiro medíocre
A vitória também é tua, Nuno Farinha, mais um filho da puta disfarçado de jornalista que de quando em vez gosta de se lembrar de Paulo Bento, sem nunca dizer que se refere ao único treinador do seu clube rival que esteve em funções 4 anos seguidos sem ser campeão.
Embora admita que se fosse director-adjunto de um pasquim também gostaria de elogiar Quique Flores ou Ronald Koeman de quando em vez, a insistência deste pseudo-jornaleiro chega a enjoar!
Dedico-te também esta goleada, na expectativa de que amanhã recordes as grandes vitórias do teu treinador…

Carlos Carvalhal (Special Two)
O treinador do Sporting tem as suas virtudes e os seus defeitos. Com estabilidade e um melhor plantel poderia também ele crescer como técnico, mas nestas condições não será fácil. A vitória é mais dele do que de qualquer outro. Merecia mais apoio e mais solideriedade, mas nem para isso parece haver capacidade…


Ter Grimi, ou não ter, era a questão?

Torna-se perfeitamente ingrato toldar um texto no dia posterior à melhor exibição do Sporting em meses (e provavelmente única verdadeiramente positiva!) ao simples detalhe de uma ‘ligeira’ mudança.

Das muitas melhorias do jogo de quinta-feira, é injusto considerar que a substituição de Grimi por Veloso (e mais a entrada de Saleiro) tenha sido o único factor decisivo no arranque para os golos, mas as coincidências são enormes para se disfarçar a situação e considerar que as alterações do ‘novamente’ Special Two (até quando? Domingo?) Carlos Carvalhal foram actos de pura sorte.

Tal como era óbvio antes deste jogo, pulalam no Sporting variadíssimos jogadores de nível medíocre, provavelmente fora de forma, e sem o mínimo de classe, talento ou sequer potencial para envergarem uma camisola histórica do futebol português. Depois da retumbante vitória e qualificação de ontem, os mesmos jogadores continuam lá.
Se a alguns (como Liedson, Moutinho, Izmailov ou Carriço) se aceitam jogos menos bons sob o pretexto de abaixamento de forma, e a outros (como Adrien, Patricio, Pereirinha ou Saleiro) se denota potencial futuro e carinho pelo percurso na formação, outros há aos quais não se descortina razão lógica para a sua inclusão no plantel, ou pior ainda no 11 habitualmente titular.


Pelo menos 3...
Dos titulares de ontem há 3 nomes incontornáveis (embora em situações bem distintas) a referir. Abel já teve 2 boas épocas em Alvalade, e provavelmente gozará hoje de um misto de experiência, com incapacidade de PSilva, adicionada à indisponibilidade de João Pereira. Não nego que gostaria de ver Pereirinha ser alternativa a Pereira (porque poderiam alternar sem ter que alterar muito a disposição táctica) mas aceito que Abel poderá ser a solução menos má, pelo menos até Junho.
Yannick tem uma velocidade estonteante (a não-velocidade de Neville também ajudou…) mas falta-lhe tudo o resto – recepção de bola, qualidade de passe e remate, e acima de tudo discernimento nas jogadas ofensivas. Ontem, mesmo bajulado por comentadores que premeiam velocidade como se de uma prova de 100m planos se tratasse, Yannick voltou a deixar a nú todas as suas reais limitações, para mim imcomportáveis para um jogador de topo. Há 3 anos pensava que se poderia fazer deste jovem um bom valor com treino e alguma maturidade – hoje já nada espero.
Grimi é o mais limitado jogador que passou pelo Sporting que tenho memória. Incapaz de dar sequência a uma jogada, por mais simples que ela seja, é medíocre a defender e inexistente a atacar. É pior que Caneira ou Pedro Silva. Provavelmente até Polga ou Carriço fariam melhor a posição. Compará-lo com Veloso é como chamar a um copo de água choca, um Quinta da Bacalhou de 2007 (mesmo que Veloso já pudesse ser hoje um defesa esquerdo de classe mundial e continue a insistir em ser um banal número 8 disfarçado de 6…).

Em 5 minutos, Veloso fez pela esquerda o que todas as semanas fazem Álvaro Pereira, Peixoto, Coentrão ou Evaldo – adiantou-se, criou superioridade, desmarcou-se e esperou uma tabela, e até se deu ao luxo de rematar, e bem, inaugurando o marcador. Mesmo na frente da eliminatória continuou a atacar, a sair a jogar, a cruzar a preceito e a integrar-se no ataque.

Quero 2 laterais que joguem à bola!
Mesmo correndo o risco de ter que actuar com Yannicks e Saleiros (ou mesmo com Liedson fora de forma, e de feitio irascível) a grande diferença neste Sporting será a capacidade de jogar com Pereira e Veloso nas laterais, aproveitando o futebol simples e a disponibilidade de Mendes, para não inventar no miolo.

O próximo adversário será o Atlético de Madrid, que não sendo um bicho papão tem um ataque muitissimo melhor que nós, e acima de tudo outra bagagem internacional. Se jogarmos organizados, e formos uma equipa, eu acredito.

P.S. – Que me desculpem os que não querem retirar o Porto da corrida pelo título, mas eu quero que o meu clube vença SEMPRE! E se isso der a vitória final ao Carnide, tanto se me dá… Domingo quero a vitória, se possível marcando 5 golos, e aplaudindo um golo de Falcão…



21.2.10


O jogo de Olhão foi apenas mais uma etapa nesta longa e penosa agonia em que se transformou uma época que começou mal, e nunca mais se endireitou.

A favor do vento na primeira parte, e frente a um adversário que será provavelmente pior que nós nas bolas paradas defensivas (!?!) ainda conseguimos 4 lances de golo fácil, todos desperdiçados em zona frontal da baliza (aqui incluo de boa fé as 2 oportunidades de Yannick, mesmo tendo consciência da baixa probabilidade deste em acertar sequer com a baliza, seja de que local e maneira for…).
No segundo tempo, e com o vento pela frente, mais um cansaço indesmentível em Mendes e Matias, pouco ou nada fizemos. Com 2 jogadores fortes fisicamente no banco (Vuk e Adrien) Carvalhal colocou os ‘duros’ Pereirinha e Postiga, estranhamente sem sucesso.
Valeu o oitavo empate em 20 jogos.

Neste momento, mais do que rebater os problemas recorrentes, temos que olhar para a frente e separar o trigo do joio, de forma a tentarmos reaproximarmo-nos a o mais possível do topo da Liga já em 2010/11, tarefa difícil (se juntarmos a pouquíssima qualidade do plantel e as debilidades financeiras) mas não impossível (basta ver o exemplo simplista que Carlos Freitas deu este ano com o SCBraga).

A figura que se segue tem como principal propósito imaginar o que seria colocar 5 jogadores da equipa que quase todos consideram a melhor do mundo, a jogar com 6 jogadores do Sporting que ontem foram titulares. E a grande questão é simples- teria este 11 hipóteses de lutar para ser campeão em Portugal?




A minha resposta é um rotundo não, mesmo que Iniesta não o mereça. Alguém tem de perceber rapidamente que do actual plantel só meia dúzia de jogadores tem qualidade (e desses alguns terão que sair pela sustentabilidade do balneário, e pela vertente financeira…) e que urge encontrar alguém que refaça um plantel com um treinador que acrescente qualidade e mentalidade combativa e ganhadora aos jogadores (e que o apimente com jovens que tenham REALMENTE potencial e queiram MESMO jogar no Sporting).

Discurso gasto
Carvalhal chegou ao Sporting bem intencionado e (tive oportunidade de o escrever aqui) com um discurso bem preparado que rendeu alguns frutos. A equipa recomeçou a ganhar, mas a inconstância dos reforços (Pereira apareceu muito bem, mas Pongolle chegou e lesionou-se, Mexer ainda nem jogou e Pmendes já chegou tarde e desajustado fisicamente…) e a limitação real dos restantes elementos do plantel (acrescida às lesões de Liedson e Izmailov) destruiram a ténue dinâmica que o Special Two acrescentou à equipa.
Como se não bastasse, quem dirige o clube considerou que Liedson era indispensável, mas Sá Pinto não fazia falta nenhuma, o que de alguma forma deu a entender aos restantes que existem jogadores no Sporting que estão acima de todo e qualquer espírito de equipa, e que muitos ainda suspiram pelo fantasma de PBento. Sai a perder o Sporting, que perdeu Sá Pinto e transformou Liedson num problema irreparável que só um grnade Mundial do Levezinho conseguirá resolver.

JEB irá a tempo?
Tenho muitas dúvidas que com esta época desportiva, e todos os anti-corpos na brigada do croquete, JEB venha a ser a solução do problema – mas gostava de o ver romper com o passado, trazer para o clube quem perceba de futebol, e acima de tudo, quem saiba jogar com as mesmas armas dos adversários.

A importância da Liga Europa
Só o mais delirante dos adeptos poderá pensar que o Sporting tem reais possibilidades de chegar longe nesta Liga Europa. Se neste momento seremos eventualmente inferiores ao Everton, e em verdade os podemos eliminar (mesmo que precisemos de realizar um bom jogo, e esperar por uma exibição menos conseguida dos toffes) a realidade éque de seguida poderemos encontrar um debilitado Atlético de Madrid, com exibições irregulares, e que terá certamente um nome que poderá levar os nossos atletas a transcenderem-se.
Mas mais do que os oitavos-de-final ou os quartos-de-final, o jogo da próxima 5feira terá o condão de permitir ao Sporting continuar com a ilusão de algo nesta época, perdidas que estão todas as outras competições. Haja fé.


16.2.10

Ligados à máquina

Depois de goleados pelo eterno rival, na nossa própria casa, gozados pelo árbitro mundialista, e enxovalhados pela imprensa, o plantel regiu com uma miserável prestação em Paços de Ferreira. Frente a um adversário modesto, mais não conseguimos que um jogo dividido, com um futebol aos repelões, uma defesa patética e uma inexistência alarmante de lances de perigo (mesmo contabilizando o último remate do jogo).

O jogo de hoje, frente ao modesto Everton (não me venham com a estórinha de que ganharam ao Chelsea, porque os tipos são fraquíssimos, e senão, digam-me qual o jogador do Everton que teria lugar neste fraquíssimo Sporting!) deveria ter servido para mostrar aos adeptos que a equipa está viva e que há muitos jogadores que merecem vestir aquela camisola – puro engano, cada vez o saco engrossa mais!

Entramos em jogo a ‘controlar’ (que é como diz, a passo e sem capacidade de chegar à área contrária…) e no primeiro lapso o Everton só não marcou porque Patricio segurou (duas vezes) a igualdade. Fomos jogando num meio campo enrolado de vários jogadores, sem que nenhum conseguisse apoiar Liedson, com um Veloso a jogar em 10 metros, para os lados e para trás, atropelando Mendes, Moutinho perdido e esquecido numa ala, deixando o ataque ao esforçado Izmailov, ao desenquadrado Matias, e ao solitário Liedson (Abel aqui e ali apareceu no ataque, quase sempre de forma disparatada) com o sucesso que se esperava – 2 remates, de Mendes (!?!?) e Izmailov, e zero golos, acabando por sofrer um golo em que quase todos acabam por contribuir negativamente, com especial destaque para Moutinho e Grimi.

A 2ª parte foi o espelho do Sporting 2009/2010 – inépcia, falta de qualidade, conformismo. Valeram à equipa os safanões de velocidade (e falta de classe) de Yannick, e um erro primário do defesa central contrário (que antes fizera com o braço o 2-0), pouco depois de Patricio evitar com a palma da mão o 3-0. Veloso bateu colocado e deixou a equipa ligada à máquina, pelo menos mais uma semana.

Fim da linha para Carvalhal
De treinador a prazo, com benefício da dúvida, Carvalhal já esgotou tidas as possibilidades de se manter ao comando do clube em 2010/11.
Depois de um elan vitorioso, consiguido à base de vários jogos contra adversários de menor monta, Carvalhal não percebeu (ou não teve força para se fazer perceber…) que a principal lacuna deste Sporting é defensiva e anda de mãos dadas com a altura dos jogadores. João Pereira é uma lufada de ar fresco, mas mais do que Mendes (que será bom reforço daqui a umas semanas) ou Pongolle (mais uma compra de risco inexplicável!) a equipa precisava de um defesa esquerdo e de um central alto e poderoso, capaz de reequilibrar a equipa nos lances aéreos.

Grimi, Abel, e vários jogadores fracos
Já aqui escrevi diversas vezes que um dos principais problemas deste plantel é a fraquissima qualidade da sua defesa, que transforma o Sporting numa equipa com pés de barro. Carriço poderá disfarçar, JPereira é bom reforço, mas todos os outros defesas do plantel são fraquissimos. Abel é péssimo, Grimi e (o gordissimo) PSilva são inenarráveis.
Cada vez que vejo Grimi escalado no 11 titular, é como se sentisse uma facada nas costas…

Izmailov e João Moutinho
O russo parece estar de partida. É pena, porque é dos melhores, mas a verdade é que nunca consegue jogar mais do que 55/60 minutos. Só Carvalhal não percebe isso e o deixa arrastar em campo, como aconsteceu hoje, acabando o jogo a se esquecer da bola, aqui e acolá…

Liedson
É indiscutivel a qualidade de Liedson. Tão indiscutível como a sua actual acção nefasta neste plantel – como é possível ter discutido/disparatado tantas vezes com os colegas num jogo só, ainda para mais num jogo em que não fez nada de útil (a não ser aproveitar um disparate do central adversário…).
Nos dias que correm, e em especial depois do braço de ferro com Sá Pinto, Liedson acha-se superior aos demais, e espera que todos joguem exclusivamente para ele. Abel, Matias, Marat e Veloso hoje ouviram-no da pior maneira…