29.8.09

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Emagrecimento do Plantel

Na ressaca da eliminação em Florença, a 3 dias do fecho das inscrições, e quase 2 meses depois de iniciar a época, com um pecúlio de 1 vitória num jogo treino, e 3 derrotas e 6 empates a partir daí, eis que finalmente se conheceram desenvolvimentos na composição do plantel.

Segundo a imprensa, Rochemback será o 1º a abandonar o barco, com guia de marcha para Porto Alegre, a desembarcar no Grémio. Segundo se sabe, a transferência será a custo zero, com o Sporting a ficar com possíveis dividendos de uma futura transferência. que um contrato de 2 anos, certamente não facilitará.

No caminho inverso, Buonanotte poderá ser apresentado como reforço. O ‘enorme’ talento argentino, de apenas 1,63m e 52kg, joga no River, foi recentemente considerado o jogador mais empolgante do torneio de Toulon, e é por muitos visto como uma certeza para o futuro da selecção argentina.
O virtuosismo e capacidade de progressão com bola que trará ao miolo leonino poderá esbarrar na falta de altura e força (como acontece com a maioria dos restantes), mas a grande questão será mesmo o preço do médio, que poderá ser também suportado pela relação entre Buonanotte-Sporting-Zahavi.

Outra das alternativas para o plantel poderá ser Ruben Micael, jovem madeirense do Nacional, recente herói da eliminatória frente ao Zenit. O médio tem em mãos um boa porposta de um clube espanhol (que Rui Alves já considerou risível), mas aqui o problema é normalmente a opulência do presidente nacionalista, pouco dado a saldos, como provou o dossier Néné…

P.S. – Já li e reli muitas opiniões sobre a transferência a custo zero de Rochemback para o Brazil. Recordo que o jogador era claramente 2ª opção de um clube que não vence há 9 jogos, e custava à sua entidade patronal 1,7M€/ano. Tudo somado permite ao seu clube poupar 3,5M€ por um suplente. Será isto má gestão actual, ou má gestão de quem o comprou por estes valores, para ele ter mais 5kg do que o que devia, e não ser opção?
Na minha opinião, é pena que nenhum Grémio leve também Caneira, Abel ou Postiga, porque aí sim, os custos com o plantel passariam a ser racionais!

28.8.09


Fiorentina 1 - 1 Sporting CP

O Sporting disputou ontem 2ª mão do play-off de acesso à Champions League em Florença frente à Fiorentina, 4º classificada da Liga Italiana da última temporada, alinhando com:

SPORTING: Rui Patrício; Pedro Silva (Tonel 80m), Daniel Carriço, Polga e André Marques; Miguel Veloso, João Moutinho, Pereirinha e Matias Fernandez (Saleiro, 64m); Yannick e Liedson.

GOLOS: Moutinho (0-1, 35m), Jovetic (1-1, 53m).

Mais um jogo, o 6º oficial consecutivo sem vencer.

Boa entrada na partida, mesmo ficando a ideia de que o adversário entrou ‘à italiana’. O Sporting conseguiu trocar a bola, criar perigo (bem cedo Yannick falhou oportunidade clara!), jogar a bola pelo chão e até conseguir livres perto da área (belo remate de Matias…) que acabaram por permitir o golo de Moutinho.

Até ao intervalo, o Sporting vencia, e merecidamente. O pior estava para vir.

Ao intervalo a Fiorentina mudou, para melhor, e o Sporting estagnou. Perdeu o miolo, passou a ser incapaz de sair a jogar, e só não sofreu o golo no recomeço por inépcia de Jovetic. O mesmo Jovetic que pouco depois aproveitou o corte defeituoso de Carriço, a colocação deficiente de Pedro Silva, e marcou.

Obrigado a voltar a marcar, a equipa voltou a mostrar os mesmos problemas de ansiedade, que rapidamente promove o “losango manco do chutão para a frente”, onde Matias não tem lugar, mas onde Yannick fica com a tarefa de vir buscar jogo atrás, e se promove as bolas bombeadas para o ataque, para os fortes avançados Liedson e Saleiro, ajudados nos últimos minutos por Tonel.

No final um empate óbvio, com uma jogada única de perigo depois do empate, protagonizada por Pereirinha, e desaproveitada em cruzamento defeituoso.

Muito se podia escrever sobre a situação actual do Sporting. Ao que já li pela blogosfera, ao que ouvi na TV, e ouvi na rádio, pouco posso adiantar, tal a diarreia verbal a que assisto.

Para mim o problema é global – o Sporting não tem um plantel de qualidade. Veloso está em grande forma, Carriço e Matias mostram potencial, Liadson, Polga, Moutinho e Vukcevic valem mais do que o que têm mostrado, mas nada mais se vê. O GR não faz a diferença, os laterais são péssimos (os 4 utilizados e Grimi), o meio-campo é diminuído pela ansiedade e ‘bola pelo ar’, e o ataque é um conjunto de fracos jogadores a acompanharem Liedson.
Se alguns ainda poderiam ser alternativas no plantel, a maior parte não tem qualidade para fazer parte dele.

De quem é a culpa? Não sei. Gosto da paixão do Presidente, mas não vejo nele nada de inovador no que ao futebol diz respeito. Nada tenho contra RTelles, mas não alcanço o porquê da sua existência no organigrama do Sporting. Admirei muito Barbosa como jogador, mas não percebo o que faz neste Sporting, tal é a inexistência de trabalho no que a contratações e scouting diz respeito. Paulo Bento pareceu promissor, sempre defendeu a instituição, mas como treinador estagnou há 2 anos. E nada de novo se vê. Os jogadores ora parecem esforçados, ora desleixados. Comigo, Izmailov retratar-se-ia, Rochemback seria dispensado. Mas talvez estes sejam apenas faces visíveis de um balneário instável, e sem direcção.

Está na hora de JEB assumir que esta equipa nunca jogará para o título, e dificilmente jogará bom futebol. E sem se escudar exageradamente em orçamentos, porque os do Nacional e Braga não são comparáveis ao nosso, e para já chegaram…

E entretanto que vá dispensando figuras decorativas, que abrace o futebol de corpo e alma, e tente contratar bons jogadores. Só precisamos de 10 ou 12…

Caso contrário, que convoque eleições para ver se alguém será mais capaz de perceber este Sporting.


23.8.09

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Sporting CP 1 - 2 Sp. Braga


O Sporting disputou ontem a 2ª jornada da Liga Sagres, 1º jogo em Alvalade frente ao SCBraga, 5º classificada da Liga Sagres da última temporada, alinhando com:


SPORTING: Rui Patrício; Pedro Silva (Pereirinha, 58m), Daniel Carriço, Polga e André Marques; Miguel Veloso, João Moutinho, Vukcevic e Matias Fernandez (Yannick, 68m); Postiga (Caicedo, 36m) e Liedson.

GOLOS: Alan (0-1, 12m), Yannick (1-1, 70m), Meyong (1-2, 80m).

Mais um jogo, o 5º oficial consecutivo sem vencer, depois de 3 particulares no mesmo sentido, que deixa PB com mais um registo ‘record’ para mais tarde recordar.

Os mesmos erros e a mesma postura, que só não se viu na passada 3ªfeira. PB insistiu no mesmo 11, repetindo as mesmas carências do jogo anterior – PSilva patético, Polga e Marques sobre brasas, Moutinho na pior exibição que me recordo, Vukcevic a querer fazer tudo, um golo sofrido no 1º remate à baliza do adversário (já tinha acontecido em Enschede, na Madeira, e frente à Fiorentina), Matias a ser engolido pela táctica amadora do chutão para à frente, Liedson esforçado mas desacompanhado, quer por Postiga, quer por Caicedo.

Do banco vieram Pereirinha (a equipa pareceu logo outra, confirmando que voltaram a ser dados 60 minutos de avanço!), e Yannick, que tirou um estranho coelho da cartola, e depois voltou ao registo habitual de mediocridade.

Já ouvi e já li várias críticas ao Olarápio – tenho pena que assim seja, porque nunca ganhamos com ajudas de árbitros, e nunca ganharemos. Os penalties à carnide são isso mesmo, lances para serem assinalados para o goleador Cardozo, nada mais. Podia ter marcado penalty, mas os problemas actuais do Sporting não se resolverão com Olegários!

Será que vamos assistir a esta pobreza Forever?


21.8.09

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Sporting CP 2 – 2 Fiorentina


O Sporting fez o 1º jogo para o play-off de acesso à Champions League, em Alvalade frente à Fiorentina, 4º classificada da Liga Italiana da última temporada, alinhando com:

Sporting - Patrício; PSilva (Pereirinha 55’), Carriço, Polga e Marques (Caneira 68’); Veloso, Moutinho, Matias, Vukcevic ; Liedson e Postiga (Yannick. 80’)

Golos: Vukcevic (58 m), Miguel Veloso (66 m); Vargas (6 m), Gilardino (79 m)

Entre férias e afazeres profissionais que me afastaram do blogue, meia dúzia de horas foram passadas a ver o Sporting, e bem passadas.

Mais losango, menos losango, evidenciando ainda claras limitações em alguns aspectos, a equipa pareceu outra, dominou sempre o adversário, de valor, e foi capaz de marcar e dividir o jogo mesmo reduzida a 10 elementos durante largos minutos.

Positivo
A exibição de força e querer da equipa, que mostrou que com ambição muitas questões se tornam secundárias.
Matias é um óptimo jogador, e já mostra no Sporting algo que não via há muitos muitos anos. Está ali o 10, resta saber se no futuro renderá tudo o que hoje se espera.
Veloso está alegre e mais raçudo, e muito o Sporting precisa dele assim.

Negativo
Falta qualidade nas laterais, e se na esquerda Marques poderá evoluir e perder algum do receio evidente que ainda mostra, já na direita, percebe-se mal porque ainda não joga Pereirinha de início…
Liedson está mais lutador, mas não marca, e a equipa sempre dependeu muito disso. Porque não Caicedo para a sua parelha?
A arbitragem foi muito má, mas nada que se estranhe porque o adversário era italiano. E Madaíl assobia para o lado, porque o tacho lá o espera…


A eliminatória está difícil, mas não está perdida. Com a mesma atitude e exibição da 1ª mão, tudo será possível.



16.8.09

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Nacional 1 – 1 Sporting CP

O Sporting fez ontem o 1º jogo para a Liga Sagres, na ilha da Madeira, frente ao Nacional, 4º classificado da última temporada, alinhando com:

Sporting - Patrício; Abel (Pereirinha 45’), Carriço, Polga e Marques (Matias 68’); Veloso, Moutinho, Rochemback (Vukcevic 45’) e Yannick; Liedson e Postiga.

Golos: João Aurélio (26); João Aurélio (75, p.b.)

O jogo começou com o Sporting mais ofensivo e dominador, frente a um adversário mais temeroso, e que viria a mostrar ao longo de todo o jogo que está muito longe do Nacional que na época passada conseguiu chegar ao 4º lugar.

Nos primeiros 25 minutos o Sporting foi superior, mas conseguiu apenas um lance de real perigo, com Liedson a ganhar uma bola dividida, e a rematar para defesa apertada de Bracalli. Aos 26 minutos, aconteceu o que parece inevitável a cada jogo que passa – passividade a defender lances de bola parada, ressalto para João Aurélio, e golo.

Até ao intervalo o Nacional foi ficando cada vez mais defensivo, e o Sporting nunca mostrou argumentos para usufruir sequer de lances de perigo. Para a 2ª parte, saíram Abel e Rochemback, entraram Pereirinha e Vukcevic.

No recomeço a qualidade do futebol apresentado era a mesma. O Nacional dava-se cada vez mais como satisfeito pela magra vantagem, e só um desentendimento entre Marques e Polga abanou com o jogo – Aurélio desviou de Patrício, e a meio metro da linha de golo, Carriço evita o segundo golo que mataria em definitivo a partida.

Aos 68 minutos entra Matias, o Sporting passa a jogar com um organizador (vulgar 10), e Veloso passa a fazer o corredor esquerdo. Estranhamente, o Sporting passa a jogar com dois laterais ofensivos, dois alas, dois avançados móveis, e um organizador de jogo – o Nacional fica encostado às cordas, e o domínio é total.

Sem oportunidades de maior, aos 75 minutos Aurélio bisa na partida, e desta vez na baliza errada, na cobrança de um canto, sem nenhum adversário ao pé de si. O Sporting empolga-se e passa 10 minutos em cima do adversário, consegue ter várias vezes a bola dentro da área, mas até ao final Bracalli não faz uma única defesa digna desse nome. Os remates para fora de Matias e Yannick foi o que de melhor se arranjou.

Um a um:
Patrício – jogo ingrato para o guardião. Zero defesas de registo, um golo sofrido sem culpas. No lance em que Aurélio apareceu isolado contou com a ajuda preciosa de Carriço, e nas bolas altas e cruzamentos, esteve atento, e com os pés parece mostrar melhorias.

Abel – Foi pela direita que o Sporting carrilou todo o seu jogo na primeira parte, e Abel bem podia ter aproveitado este facto, mas o lateral está muito longe dos melhores dias, faz imensos passes errados e não acertou praticamente um cruzamento e a defender também já teve melhores dias.

Carriço – Foi o melhor defesa do Sporting, mesmo já tendo feito melhores exibições. No golo sofrido pecou pelo maior defeito que tem – é baixo e sente dificuldade em bolas altas, mas fez uma partida agradável, e evitou o 2-0, que mataria o jogo, mostrando nesse lance a atenção e esforço que a equipa quase nunca demonstra.

Polga – alterna o bom com o mau, e parece sempre jogar sobre brasas, e na ânsia de fazer tudo bem e depressa, falhando demasiadas vezes, como aconteceu no golo sofrido. E quando assim é, está quase tudo dito…

Marques – parece estar a ganhar o seu espaço, mas as exibições têm sido pobres, e acaba sempre substituído. Colocado na esquerda, mas quase como um 3º defesa a descair para a esquerda, não sobressaiu a defender e não teve um único apontamento a atacar. Parece castrado pelo sistema táctico…

Rochemback – Lento, pesado, sem capacidade de drible, sem conseguir romper e sem rematar à baliza, não se percebe porque joga Rochemback a titular quando há outras 4 alternativas para o lugar.

Veloso – jogou no miolo descaído para a direita (?!?) e pouco se viu na 1ª parte. Na 2ª jogou a 6 e foi melhorando, depois acabou a defesa esquerdo ofensivo, no melhor momento da equipa, dando outra largura. Bem ao jeito do treinador, fez 3 posições num só jogo.

Moutinho – não me lembro de Moutinho estar a jogar tão mal como o faz nos dias de hoje. Não rompe, não dribla, não remata, não desequilibra, e na cobrança das bolas paradas não consegue um único lance vistoso. Voltou a começar como (des)organizador de jogo, passou pela diretia, acabou ao centro, mais recuado. Tem que jogar sempre, e de preferência em todo o lado. Para quando Moutinho a GR?

Yannick – o avançado que agora pelos vistos é aposta para extremo continua a correr muito e não conseguir fazer mais nada. Ontem fez 6 ou 7 cruzamentos todos direitinhos para as mãos de Bracalli, e ainda dispôs da melhor oportunidade perto do final do jogo, que naturalmente desperdiçou. Inconsequente, incapaz, limitado, sem rotinas de posição, sem melhorias de semana para semana, Yannick é o espelho desta equipa.

Postiga – a pior exibição do avançado esta época. Só perto do final, a jogar solto por todo o ataque pareceu mais ‘interessado’ no jogo. A bola não lhe chega enquanto não joga Matias, mas mesmo assim deveria fazer mais e melhor para justificar a titularidade.

Liedson – foi dos poucos que mostrou melhorias em relação à Champion, e já se viu mais força para picar os defesas contrários. Teve um bom lance logo no início, falhou de cabeça uma boa oportunidade, e correu sempre. Mas ter Yannick de um lado, Postiga de outro, e Moutinho atrás não é fácil…

Pereirinha – é no momento o único jogador capaz de fazer o lado direito com alguma capacidade, seja a lateral ou a médio (Vuk não conta na direita!). Jogou 45 minutos a menos do que deveria ter jogado, e está fresquinho para poder começar no banco frente à Fiorentina.

Vukcevic – tem capacidade e qualidade, e vai sendo dos poucos que encara os adversários, tenta faezr dribles e não tem medo de errar e perder a bola, mas não joga com alegria, e isso está-lhe estampado no rosto. Se não me engano, marcou o canto que deu o golo…

Matias – quando entrou percebeu-se logo a diferença entre jogar ou não com alguém que distribua o jogo correctamente, mesmo que os destinos da bola sejam jogadores medianos. Mas a Matias continua a faltar o drible, o risco, e o remate, tal e qual faz na selecção.





Árbitro (Pedro Proença)

Juntar um árbitro benfiquista e mau num jogo do Sporting dá sempre no mesmo. O jogo até foi descansadíssimo, mas o amarelo de Moutinho dá que pensar (uma simples mão no ombro em disputa de posição foi vista como uma dura cotovela!) e o de Polga nasce de um pé em riste claro do adversário. Teve azar Pedro Proença que nenhum jogador do Nacional conseguiu sequer cair na área…

Paulo Bento
Mais um jogo, mais do mesmo, mais Yannick durante 90 minutos e mais banco para Vuk, Pereirinha e Matias e bancada para Adrien. O que mais precisa Paulo Bento? Quantos anos mais serão necessários para conhecer os jogadores? Porque razão não joga o Sporting sempre com a postura dos últimos 20 minutos? Porque dá o Sporting 45 minutos de avanço sempre? Porque não se deixam atacar os laterais? Porque não uma vez Vuk à direita, só para ver? Porque não Moutinho numa posição só, e de vez em quando no banco? Porque joga Liedson religiosamente sempre 90 minutos?

Declarações
Yannick (antes do encontro)
“Agora é que vamos mostrar o nosso valor!”

Yannick, todos já conhecem o teu valor, à excepção do treinador. É a ele que deves dizer isso…

Moutinho (flash interview)
“Não entramos bem no jogo e toda a gente viu isso”

Aliás, esta época é a 6ª vez que isso acontece, porque frente ao Cacém o Sporting entrou de rompante. E toda a gente viu isso…

Vukcevic (depois do encontro)
“O meu trabalho é jogar, quer sejam 10, 15, 45 ou 90 minutos. Nos últimos tempos não espero nada, espero estar saudável. Sei quanto posso dar, mas não depende de mim. Eu treino, vamos ver”

Pouca diferença faz se estás saudável ou não. Yannick merece a ponta direita de caras…


Carlos Pereira (flash interview)
“…pontuar na Madeira é sempre bom, e o campeonato tem muitas jornadas…”

Se fosse eu que mandasse no Sporting não permitiria nunca este tipo de exigência banal de quem parece representar o Real Massamá. É este tipo de declarações da equipa técnica (se fosse Paulo Bento ainda perguntaria ao jornalista quantas vezes ganhou no passado o Sporting na Choupana!) que me entristece e me faz ter consciência de que este pessoal comemora efusivamente segundos lugares… e se quem lidera tem esta postura, o que pedir aos demais?



15.8.09

Liga Sagres 2009/10

Começa hoje a Liga Sagres para o Sporting, com a estreia marcada para a Choupana, o campo onde não vencemos há mais tempo, e um dos habitualmente mais difíceis.

Acabou a pré-época, acabaram-se as lamúrias. Este é o plantel que temos, e é mais do que suficiente para vencermos a competição. Há melhores plantéis? Talvez sim, talvez não.

De hoje em diante vamos deixar tudo em campo, jogue quem jogar, e vamos vencer um jogo atrás de outro. Naquela que será, com certeza, a última época de Paulo Bento no clube, o treinador vai querer sair pela porta grande, e não tenho dúvidas que fará os possíveis e os impossíveis para vencer!

As ausências de Grimi e Izmailov, a má forma física evidente em peças importantes como Liedson, Rochemback ou Pedro Silva podem prejudicar o futebol praticado neste início de época, mas o campeonato vencer-se-á em 10 meses de futebol.

E haverá melhor sítio para começar a vencer do que matar o borrego na Choupana?
Que o Sporting vença já hoje, de preferência com um golaço de Yannick Djálo a passe longo de Polga, para que eu dissipe todas as dúvidas!

Sporting Sempre!




9.8.09

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Jogo d’Os grandes

Nesta pré-época muito se tem discutido/debatido a qualidade dos plantéis dos t3 maiores clubes portugueses, todos eles alvo de uma política distinta, no que à sua composição diz respeito.
Se um plantel (Sporting) não sofreu saídas significativas, mas também só fez 2 contratações (Matias e Caicedo), outro (FCPorto) permitiu saídas importantes (Lucho, Lisandro e Cissokho) e fez muitas contratações (Beto, Maicon, Pereira, Varela, Belluschi, Valeri, Falcão) e outro ainda (Benfica) registou algumas saídas (Katsouranis, Suazo e Reyes), mas atacou o mercado com unhas e dentes (Schaffer, Garcia, Ramires, Saviola, Keirrison e Peixoto).

O jogo/reflexão que se segue tem como objectivo perceber quais as diferenças ou semelhanças entre os vários plantéis, e quais as preferências dos leitores/comentadores.
O mecanismo, não imune a clubismos e tendências, é simples – para os 11 previsíveis (na minha opinião) e mais 5 suplentes, cada um deve escolher a sua preferência, e no final contabilizar, entre as 16 escolhas, quantos dizem respeito a cada clube. Na caixa de comentários estará a minha conclusão do jogo.

Aqui vão as opções:

Patrício (SCP), Quim (SLB), Hélton (FCP)
Pedro Silva (SCP), Maxi (SLB), Fucile (FCP)
Grimi (SCP), Schaffer (SLB), Pereira (FCP)
Carriço (SCP), Luiz (SLB), Rolando (FCP)
Polga (SCP), Luisão (SLB), Alves (FCP)
Veloso (SCP), Garcia (SLB), Fernando (FCP)
Moutinho (SCP), Ramires (SLB), Meireles (FCP)
Vukcevic (SCP), Di Maria(SLB), Rodriguez (FCP)
Matias (SCP), Aimar (SLB), Belluschi (FCP)
Caicedo (SCP), Cardozo (SLB), Hulk (FCP)
Liedson (SCP), Saviola (SLB), Falcão(FCP)

Tonel (SCP), Sidnei (SLB), Maicon(FCP)
Adrien (SCP), Amorim (SLB), Tomas Costa (FCP)
Rochemback (SCP), Martins (SLB), Valeri (FCP)
Pereirinha (SCP), Weldon (SLB), Varela (FCP)
Postiga (SCP), Keirrison (SLB), Farias (FCP)

Agora é só escolher, e verificar nas escolhas quantos jogadores de cada clube foram seleccionados.

Boa reflexão!
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7.8.09



Sorteio da Champions

Como era de esperar, e quando a maioria queria um adversário fácil que tornasse o apuramento acessível, calhou-nos em sorte a Fiorentina, na última época 4ª classificada da Liga Italiana.


Na equipa italiana jogam nomes como Frey, Montolivo, Semioli, Gilardino ou Mutu, mas o Sporting tem todas as condições de ultrapassar a Fiorentina, uma vez que do nosso lado temos Abel, Caneira, Rochemback, Yannick ou Saleiro. Receio? Eu não tenho receio de ninguém.


Dia 18 serão mais 700km Braga-Lx-Braga, o mesmo entusiasmo, a mesma ilusão, a mesma esperança. No regresso espero que o bom futebol que o Sporting apresente me faça sorrir. O resultado? Não importa… no sábado jogará outra vez!



5.8.09


Twente 1-1 SportingCP

O Sporting disputou ontem a 2ª mão da pré-eliminatória da Liga dos Campeões, em Enschede, frente ao Twente, 2º classificado do campeonato holandês da temporada passada, alinhando com:

Sporting - Patrício; Abel, Carriço, Polga e Marques (Vuk 63’); Veloso, Moutinho, Yannick e Matias (Pereirinha 45’); Liedson e Postiga (Caicedo 63’).

Golos: Wisgerhof (94’) na própria baliza

O Sporting começou o jogo da 2ªmão da pior maneira possível, consentindo um golo logo aos 2 min após a cobrança de um canto, superiormente finalizado por Douglas.
Depois de 15 minutos de domínio holandês, o Sporting equilibrou as operações e beneficiou, até ao final do jogo, da postura estranhamente retraída do adversário, conseguindo mesmo dominar a espaços, mesmo sem conseguir nunca oportunidades de real perigo.

Após o intervalo, e com Pereirinha no lugar de Matias, mas jogando tão mal como na 1ªparte, o Twente dominou e criou 2 boas oportunidades para matar o jogo, já jogando em contra-ataque, mas a entrada de Caicedo e Vukcevic, mesmo sem acrescentar necessariamente qualidade ao futebol apresentado, acabou por permitir maior luta nas bolas altas, e acima de tudo manter a esperança de marcar um golo que valesse o apuramento.
Oportunidades, essas escassearam. Liedson de cabeça, a concluir cruzamento de Caicedo teve a melhor ocasião, mas cabeceou por cima.

Entre um marasmo de ideias, e algum esforço e abnegação chegou um canto no último minuto. Patrício, surpreendentemente envolvido na partida fez algo de inédito na sua carreira, e subiu à área adversária. Foi o suficiente para abanar a estrutura holandesa, estorvar um adversário, e precipitar um corte defeituoso que deu auto-golo! Inacreditável.

Ao contrário de Paulo Bento, não penso que o Sporting tenha merecido empatar, ou tão pouco ganhar a eliminatória, mas a verdade é que a postura do Twente, receosa e defensiva desde meio da 1ªparte, não lembra a ninguém… e pelo menos a eliminação dos holandeses é mais do que justa.

Mal vai o futebol do Sporting, e mal continuará, depois deste fôlego caído do céu. É certo que uma vitória destas pode tranquilizar a defesa, entusiasmar o GR e até trazer à equipa a dinâmica que a mesma teve em 2007/08, mas é difícil acreditar… principalmente quando se assiste a 90 minutos de Yannick (um puro nonsense!) ou de Abel, à estreia evitável de Marques, às rotações infindáveis de Moutinho pelas várias posições do terreno (para quando Moutinho a GR?), e à forma física de Liedson, Vukcevik, Rochemback ou Pedro Silva. Se a isto juntarmos as lesões de Izmailov e Grimi, o que esperar do futuro próximo?

Um reparo ao discurso de Paulo Bento, que por vezes roça o ridículo, e cuja bitola desce vertiginosamente. Desta vez o momento foi muito positivo porque nas últimas 2 eliminatórias para a Champions o Sporting tinha perdido. Embora não acredite que tal possa acontecer, a avaliar pelo discurso, se esta época chegarmos aos quartos de final e perdermos 2 vezes por 4-0, Paulo Bento virá dizer que foi positivo porque da única vez que lá chagamos sofremos 12 golos…

O que acha Paulo Bento do futebol praticado? O que acha da forma física do plantel? Da capacidade de pressionar os adversários? Da qualidade de passe? Da concentração defensiva?

Na próxima eliminatória encontraremos um adversário mais complicado que este pobre Twente, e de todos os possíveis apenas vejo a possibilidade de se eliminar o Celtic – mesmo assim os escoceses já estão com um pé fora da Champions… nos restantes, pouca diferença faz, o problema reside do lado de cá.

Finalizo com uma questão simples, que gostaria de ver formulada por um jornalista ao treinador do Sporting – Como é possível que um jogador como Yannick jogue no Sporting, sem conseguir dominar uma bola, fazer um passe ou uma tabela direita, e não conseguindo encaixar um único cruzamento em todo o jogo? Quantas mais vezes terá PB de ver Yannick a jogar para concluir que este jogador não serve para jogar futebol profissional? Será que Yannick é diferente nos treinos? Será que lá recepciona e domina as bolas? Não há no Sporting nenhum juvenil melhor que esta peça?




2.8.09

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Joaquim Evangelista ou o desespero pelo mediatismo


O presidente do Sindicato de Jogadores Profissionais (SJPF) referiu na semana passada que é contra a utilização de Liedson por parte do (ainda) seleccionador nacional, Carlos Queiroz.
Segundo palavras do próprio:

"é grande o perigo que representa para o futuro a naturalização do avançado do Sporting…”

"…esta naturalização terá como consequências a descaracterização dos clubes e a perda da identidade das selecções nacionais"

"…a pré-época revela que a tendência de aposta maciça de jogadores estrangeiros é para se agravar…"

"…há cada vez menos atletas portugueses que jogarão futebol, por não terem possibilidade de progredir na sua carreira…"

"…Somos confrontados com o desemprego e, consequentemente, com a emigração do jogador português para países onde os problemas são ainda maiores. Temos de inverter esta tendência e dar oportunidade ao jogador português, no sentido de os promover efectivamente…"


Embora o futebol português já se vá habituando às idiotices (e por vezes estupidez bacoca…) do presidente do SJFP, a verdade é que o Sporting, na voz do seu Presidente, deveria ter respondido a este senhor de forma a colocá-lo no seu lugar, de subserviência clara para quem lhe convém.

Em 2003 discutiu-se pela 1ªvez a utilização de um jogador naturalizado na selecção portuguesa de futebol – Deco. Até aí, apenas jogadores nascidos noutros países, mas com carreiras no futebol feitas todas no nosso país haviam sido utilizados (Dimas ou Petit, p.e.) ea celeuma foi enorme. A qualidade do jogador era e é inegável, mas para muitos o clubismo sobrepôs-se à racionalidade. Uns utilizaram o argumento do nacionalismo, outros o de que a situação só serviria para o Porto vender o jogador.

Na altura perdeu-se um óptimo motivo para discutir o essencial – deverá um cidadão estrangeiro garantir os mesmos direitos de nacionalidade portuguesa, 5 anos após trabalho continuado em Portugal?

A questão para Scolari na altura, como agora para Queiroz, é simples – o seleccionador deve convocar os melhores jogadores portugueses para a selecção, e Liedson é tão português como Deco, Pepe ou eu próprio, à luz da nossa Constituição.

Posto isto fica a ressalva de que Joaquim Evangelista prefere na selecção Hugo Almeida, Orlando Sá e Edinho. Eu prefiro Liedson. E prefiro Pepe a Miguel Vítor. E Deco a Tiago ou Carlos Martins.

Quanto à utilização de jogadores portugueses no campeonato português, também partilho da mesma opinião que Joaquim Evangelista (!?!!) e fico triste ao perceber que há equipas de algum renome que conseguem jogar de início com 11 estrangeiros, mesmo quando têm capacidade para comprar todo e qualquer jogador português – mas com esses Evangelista não se mete, não se percebe muito bem porquê.


Nota: o argumento de Evangelista é tão desorientado que o próprio não consegue perceber que ser português, jogar em Portugal e ter a oportunidade de ‘progredir na carreira’ está longe de ser garante da selecção – Nuno Gomes e Hélder Postiga que o digam.