2.9.10

A bater no fundo

Passei as últimas 45 horas perplexo com boa parte dos adeptos do Sporting, pelo menos aqueles que polulam na blogosfera, e que eventualmente valem o que valem.
Tudo começou com a lenga-lenga do ‘pinheiro’, evitável pelo treinador, e que deixou nos adeptos a esperança de que se contratasse (finalmente) um grande ponta-de-lança. Até aqui tudo bem.
Muitos outros reclamavam um GR, experiente, sóbrio, dos que ganham pontos, uma espécie de Roberto, mas ao contrário, e de preferência baratinho.
Outro dos pedidos recorrentes era um médio esquerdo (presumo porque Vukcevic, Salomão, Valdez, Yannick, Izmailov talvez não cheguem…).

O aproximar das 24h de 3ªfeira começou a deixar todos apreensivos. Muitos blogues, na actual moda do disparate/rumor, que atrai milhares de visitantes para as supostas fontes privilegiadas, que nunca acertam coisa nenhuma (dava-me um jeitasso que as 157 confirmações da saída de Yannick para o raio que o parta tivessem sido mesmo água de boa fonte…), confirmavam que o tal médio e o ‘pinheiro’ eram certos!
Já noite dentro e para estupefacção geral, um tal de Tales (que só depois percebi ter um óptimo CV nas camadas jovens brasileiras…), pretenso 10, rápido e criativo, era a tal truta em fim janela de transferências.

A frase ‘…em vez de um pinheiro veio um arbusto…’ tornou-se inevitável. E tinha sido tão evitável, não era, PS?

O pior estava para vir. Quando já todos contavam espingardas, eis que aparece um novo GR, a preencher os requisitos dos mais exigentes. Bom (até ver!), barato, experiente, internacional alemão, e nada velhote! Ora bolas, mas então as contratações não acabavam às 00.00h? Nada disso, este rapaz estava sem contrato.

O que se seguiu, e ainda hoje é amarfanhado nos blogues mais sensacionalistas, foi uma procura incessante de um ‘pinheiro’ à Hildebrand – bom, experiente, barato, internacional, grandola, forte e goleador. Opsss, espera aí, mas tinha que estar desempregado… hummm… pois.
Não importa, vamos lá vasculhar as listas de desempregados, alguém há-de ser comprado. Li de tudo – do avô Guille Franco, ao nunca bom Nonda, passando por outras várias aves raras como Plasmati, Makukula (que teria rescindido no dia anterior, que nada adiantava, acrescente-se!) e até Maresca, que tem tanto de ponta-de-lança como Pedro Mendes.
Interessava tão e só que viesse um pinheiro. Lamentável.
Bateu-se no fundo.
Ainda hoje, até Costinha ter ‘fechado o plantel’, até um Joaquim da distrital da República do Zaire servia, desde que fosse alto, forte e desempregado. Senti vergonha.


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