19.9.10

6 a 1, mas em foras de jogo!

Acabamos de perder por 2-0 no reduto do Carnide, após realizarmos mais uma pálida exibição, igual a várias outras, denotando as mesmas falhas e as mesmas lacunas.

3 dias a mais
Muito se falou da incapacidade de se jogar na 2ªfeira, pois com o jogo hoje só teríamos 3 dias de descanso, contra 5 do adversário. Com o 11 de 5ªfeira, e exceptuando Carriço e ASantos, acabamos por termais 3 dias de descanso, mesmo que isso não evitasse que o adversário corresse o dobro, lutasse o dobro, pressionasse o dobro.

Entramos a perder, e sofremos um golo cedo
Como se veio a verificar pela arbitragem de Carlos Xistra (pensei que ia ser mais desnivelada) começamos o jogo a perder, e para não variar sofremos cedo, e de bola parada – definitivamente não há forma de sermos uma equipa normal em bolas paradas. Somos os piores da 1ªLiga a defendê-las, e acredito que dos piores a aproveitá-las ofensivamente…

Haverá outra queixa contra o Mundo?!?
Foram assinalados 6 fora de jogo erradamente contra o Sporting, mais variadíssimas faltas (uma das quais dá origem ao canto do 1ºgolo), e o 2º golo de Cardozo é precedido de um domínio do mesmo com a mão. Coentrão não viu amarelo por empurrar um adversário, mas Postiga viu. Saviola acabou o jogo sem um amarelo, e só o fiscal de linha que acompanhou o ataque na 1ªparte assinalou 2 faltas sem que os jogadores do Sporting tivessem sequer tocado no adversário. Fico à espera das reacções dos responsáveis do Sporting, tendo a certeza que voltamos a ser os cordeirinhos do costume.

Um lance de perigo e o frisson Roberto
À excepção de um coelho tirado da cartola por Matias, em que Liedson tirou Luiz do caminho, mas depois não foi capaz de ultrapassar o rapaz que estava na baliza (e já estava 2-0) o perigo do Sporting resumiu-se ao frisson que Roberto tem o dom de criar sempre que é chamado a intervir.
Paulo Sérgio votou a estar apático, fazendo mudanças só após o 2º golo, quando o jogo já estava perdido, e voltando a tirar o playmaker para apostar no 4-4-2 que parte a equipa e que nunca tem sucesso, pois o 2 da frente é fraco, e incapaz de ganhar uma bola alta. Será que ainda não deu para notar isso? O que fez Saleiro em 20 minutos?!?
No restante, Patrício esteve mal no 2º golo (eu gostava de poder esperar mais dele, mas já não consigo), evitou um golo feito do adversário (excelente defesa com o pé esquerdo) e deu uma monumental casa ao sair disparatado dos postes, valendo a inépcia de Cardozo.
Nas laterais, Pereira esteve melhor que Evaldo, mas ambos sofreram com a tremedeira dos centrais em todo o jogo, e tiveram ajuda zero dos alas.
O miolo do meio-campo, com Maniche e Santos, tem 2 jogadores iguais, e que não funcionam a partir da defesa para a 1ª fase de construção do ataque. Que falta faz o jogo invisível de Mendes nesta equipa…
As alas são deploráveis – não defendem, não ajudam no miolo, e não fazem a diferença no ataque, onde passam um jogo sem quase engatar um drible sequer… nem um pouco de irreverência de Salomão tivemos, para abanar o adversário!
Matias está longe de estar em grande forma, e nem fez nada de especial durante o jogo, se exceptuarmos a bola redondinha em Liedson que quase redundou em golo. É pouco? É. Mas ninguém mais dá a ideia de poder mudar um jogo como os pormenores a espaços do chileno.
O ataque viveu meia dúzia de anos de Liedson. Ninguém parou para pensar que um dia o Levezinho precisaria de outra figura que o deixasse mais longe da marcação cerrada dos centrais, e diminuísse as expectativas dos adeptos nele próprio. Alguém pensou, ou pensa que a solução possa ser Saleiro?
Do banco os reforços chegaram tarde e mal, mesmo que a saída de Yannick (o que faz Yannick jogo atrás de jogo para justificar tantos minutos?!?) melhore sempre um pouco o futebol da equipa. Mas ao sair Matias, e ficarmos com 2 médios limitados, a equipa partiu-se e o ‘bola para a frente’ voltou a dar em nada.

Setembro substitui Dezembro
Quando era ainda miúdo vivia o pesadelo dos meses de Dezembro, que no fim da década de oitenta e na de noventa era habitualmente a fase da época em que nos afastávamos da liderança – agora ficamos arredados do títulos em Setembro, se é que alguma vez lutamos realmente por ele.

Mas como diria o outro, ainda estamos em 3 frentes…


6.9.10


Somos fracos, e depois?


A ‘selecção’ nacional de futebol vive dias de tormento, e nós, portugueses, adeptos e especialmente CSocial, não somos ainda capazes de aceitar o óbvio – somos (mais) fracos!
Há 15 anos, desde que a geração de Lisboa ganhou estaleca com o Europeu de 96 que não tínhamos um tão fraco naipe de jogadores, com a agravante de as melhores individualidades serem ainda pouco maduros, com as consequências que aos poucos vamos evidenciando.
Para piorar, temos o pior seleccionador em muitos anos (mal educado, incompetente, e sem um pingo de humildade…) e os piores responsáveis federativos, que apenas a História se encarregará de crivar.

O episódio de Guimarães, aparte de uma jovem equipa sem liderança, sem um conceito de jogo, sem chama e sem garra mostrou o maior dos problemas – o Povo não se identifica com esta ‘geração Ronaldo’.
Num estádio em que orgulhosamente já assisti a um Vitória-Rio Ave, a contar para a 2ªLiga, de pé numa 4ªfila por detrás da ultima bancada do topo Norte (num jogo onde estavam bem mais adeptos do que a lotação possível), a selecção de todos nós ‘arrastou’ uma multidão de 9mil pessoas.

Mais do que convocatórias descabidas de um seleccionador ordinário e mal educado, que colocaram no terreno um meio-campo sem rotinas, sem minutos nas pernas e naturalmente sem capacidade de travar os pobres desgraçados cipriotas, assusta-me esta óbvia Scolarização da Selecção, mas ao contrário! À hora do jogo estava num restaurante a menos de 20km do estádio, e 80% dos convivas nem sequer atenção prestaram à TV, aparte da estupefacção final do 4-4, que puxou por alguns impropérios, e palavras de ordem – estragou-se o que demorou mais de uma década a construir, urge cortar o mal pela(s) raiz(es)!
8 de Outubro é já a seguir.

2.9.10

A bater no fundo

Passei as últimas 45 horas perplexo com boa parte dos adeptos do Sporting, pelo menos aqueles que polulam na blogosfera, e que eventualmente valem o que valem.
Tudo começou com a lenga-lenga do ‘pinheiro’, evitável pelo treinador, e que deixou nos adeptos a esperança de que se contratasse (finalmente) um grande ponta-de-lança. Até aqui tudo bem.
Muitos outros reclamavam um GR, experiente, sóbrio, dos que ganham pontos, uma espécie de Roberto, mas ao contrário, e de preferência baratinho.
Outro dos pedidos recorrentes era um médio esquerdo (presumo porque Vukcevic, Salomão, Valdez, Yannick, Izmailov talvez não cheguem…).

O aproximar das 24h de 3ªfeira começou a deixar todos apreensivos. Muitos blogues, na actual moda do disparate/rumor, que atrai milhares de visitantes para as supostas fontes privilegiadas, que nunca acertam coisa nenhuma (dava-me um jeitasso que as 157 confirmações da saída de Yannick para o raio que o parta tivessem sido mesmo água de boa fonte…), confirmavam que o tal médio e o ‘pinheiro’ eram certos!
Já noite dentro e para estupefacção geral, um tal de Tales (que só depois percebi ter um óptimo CV nas camadas jovens brasileiras…), pretenso 10, rápido e criativo, era a tal truta em fim janela de transferências.

A frase ‘…em vez de um pinheiro veio um arbusto…’ tornou-se inevitável. E tinha sido tão evitável, não era, PS?

O pior estava para vir. Quando já todos contavam espingardas, eis que aparece um novo GR, a preencher os requisitos dos mais exigentes. Bom (até ver!), barato, experiente, internacional alemão, e nada velhote! Ora bolas, mas então as contratações não acabavam às 00.00h? Nada disso, este rapaz estava sem contrato.

O que se seguiu, e ainda hoje é amarfanhado nos blogues mais sensacionalistas, foi uma procura incessante de um ‘pinheiro’ à Hildebrand – bom, experiente, barato, internacional, grandola, forte e goleador. Opsss, espera aí, mas tinha que estar desempregado… hummm… pois.
Não importa, vamos lá vasculhar as listas de desempregados, alguém há-de ser comprado. Li de tudo – do avô Guille Franco, ao nunca bom Nonda, passando por outras várias aves raras como Plasmati, Makukula (que teria rescindido no dia anterior, que nada adiantava, acrescente-se!) e até Maresca, que tem tanto de ponta-de-lança como Pedro Mendes.
Interessava tão e só que viesse um pinheiro. Lamentável.
Bateu-se no fundo.
Ainda hoje, até Costinha ter ‘fechado o plantel’, até um Joaquim da distrital da República do Zaire servia, desde que fosse alto, forte e desempregado. Senti vergonha.



Lambe-cús-adjunto

“Antes da convocatória, verificámos que o jogador, em função da saturação e dos muitos jogos nas pernas, podia não estar no seu melhor momento. Neste momento consideramos que João Moutinho retomou à forma inicial e, por isso, tem lugar na Seleção”.


O grande filho-da-puta que proferiu as (encomendadas) palavras anteriores é Agostinho Oliveira, outro incompetente cujo destino será o mesmo do seu palerma-mor, que segundo o mesmo, faz uma falta do caralho à Aleatoriedade de Todos Nós!


Critério. Isenção. Competência. Vitórias. Coerência. Educação. Já faltou mais para podermos almejar tudo isto numa verdadeira Selecção Portuguesa de Futebol.

3 pts e venha de lá Setembro

Já se tornou prática saudável vencer na Figueira.
Para que não restem dúvidas, mais vale começar por dizer que o 1º golo é tão claramente precedido de fora-de-jogo de Liedson, que em bola corrida me pareceu golo do Porto.
No penalty, embora tocando na bola, o defesa (burro como se comprovaria mais adiante) derruba Liedson com a perna direita – fossem metade dos penalties assinalados sobre Aimar assim tão claros.
No 3º golo faltou entregar a ficha de inscrição de sócio ao nabo que obrigou Yannick a marcar um golo.

Mas ganhamos bem, com clareza, dominando todo o jogo. Não se jogou muito futebol, mas com melhores interpretes ter-se-ia goleado sem dificuldade um adversário que há 15 dias perdeu 1-0 de penalty da moda contra um candidato ao título. Pois foi.

Para memória futura fica o final de jogo, e a dupla maravilha Yannick-Saleiro. Memorável. Admirável. Se não visse, não teria acreditado.