19.10.09

Taça de Portugal

Poucos dias depois de uma vitória estrondosa na aprovação do plano de reestruturação financeira, o Sporting, no que a futebol jogado diz respeito, voltou à mediania que nos tem apresentado desde o início da época.

Desta vez o adversário era o frágil Penafiel, pior defesa da Liga Vitalis. O Sporting entrou em campo de tal forma temerário, que dada a similitude das camisolas, mais parecia ir defrontar o Milan. De temerário a ineficiente, nervoso e incapaz foi um pequeno passo, disfarçado em 45minutos por um remate à trave, em livre directo de Veloso, que o GR adversário tentou deixar entrar, e numa arrancada de Saleiro, que na cara do GR rematou ligeiramente ao lado, na única iniciativa digna desse nome.

Para a 2ª parte Paulo Bento optou por jogar com 10 (entrando Adrien para o lugar do inexistente Grimi), e o Sporting foi ganhando ascendente. Mesmo assim, só num erro infantil de um defesa contrário o destino veio ter com o Levezinho, que como é habitual, resolveu.

Pouco depois, em nova insistência de Liedson, um corte com o braço deu penalty, e Moutinho teve a possibilidade de mostrar que já é um especialista, rematando de forma indefensável, a beijar a barra.

Até final ainda se pode ver a eficácia de Vukcevic como avançado centro, bem diferente da produção que obtém com as amarras à linha esquerda. O Sporting acabou o jogo com 11, depois da entrada de Pereirinha.

Num final de um jogo que se vence por 3-0, sem que o GR adversário faça uma sequer defesa, torna-se penoso avaliar individualmente a equipa. O GR e os defesas centrais cumpriram sem comprometer, e os laterais esqueceram-se de jogar, como vem sendo hábito. Se Abel não atacou mas também não teve problemas a defender, já Grimi raramente passa o meio-campo, e quando o faz sai disparate, e a defender é um buraco monumental. Jogasse eu com o pé esquerdo, ainda arriscaria uma dieta e uns treinos de captação…
No meio campo voltou a ser óbvias as limitações defensivas de Veloso (para quando um trinco para a equipa do Sporting?), e a má forma do capitão, quase sempre perdido pelo relvado, entre quedas e cobranças anedóticas de tudo quanto é bola parada. Nas alas, o ‘prisioneiro’ Vuk, e o incrível Ângulo estiveram ao nível do relvado.
Na frente o esforçado Saleiro partilhou o ataque com Liedson, que embora alheado do jogo, está sempre no sítio certo à hora certa, e não perdoa – resolve.
A entrada de Pereirinha foi a demonstração de que Paulo Bento também aposta em jovens formados no clube sempre que a alternativa é Ângulo, e a de Pedro Silva deixou-me a pensar que ainda não será desta que Veloso deriva definitivamente para a esquerda da defesa. Até quando?

No final do jogo ficamos a saber que uma das causas do problema (ao contrário de Presidente, Director Desportivo, e Treinador) é o relvado. É-o há 4 anos, mas só ontem isso pareceu tema.

Os meus parabéns aos indefectíveis 14.500 adeptos, que se disponibilizaram a mais uma exibição de encher o olho.

E assim continuamos em 4 frentes.
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2 comentários:

Anónimo disse...

Será verdade?
Soube de fonte segura que o Leão Revisor e o Verde CDV estão ao serviço do Sporting.

RDS disse...

E não estamos todos?

caríssimo anónimo, não seria nada que me espantasse. É algo que corre há várias semanas...

Mas remeto-me apenas à minha natural insignificância... não procuro nada mais do que isso... :)

SL