
Passado, Presente e Futuro
Assistimos ontem a um dia decisivo na história do nosso clube. Ao contrário do que seria de
esperar de um dia histórico, não se tratou da conquista de um título, tão pouco de uma memorável vitória. Aprovou-se ‘apenas’ (mais) uma reestruturação financeira, que, na opinião de 74% dos sócios votantes, permitirá ao Sporting Clube de Portugal, ou à Sporting SAD, poder ombrear com os 2 mais directos rivais na conquista dos títulos nacionais.
Assistimos ontem a um dia decisivo na história do nosso clube. Ao contrário do que seria de

Passado
Há mais de 25 anos que o futebol do Sporting anda à deriva. Causas? Culpados? Como é hábito em Portugal, e o Sporting nisto não consegue ser diferente, a culpa morrerá solteira, ou na melhor das hipóteses, envolveremos todos os culpados num vasto saco, que na prática é o mesmo que não culpar ninguém.
Indiscutível será a constatação de que depois de João Rocha, o Sporting não soube nunca mais eleger um Presidente que percebesse de futebol o suficiente para levar o Clube a assumir uma estratégia que honrasse os pergaminhos (e títulos) conseguidos até 1982.
Uma evidência estatística mostra que até 1982 o Sporting Clube de Portugal venceu 34% dos campeonatos nacionais de futebol, e depois disso, apenas 7%. Mesmo tendo em conta que após 82 apareceu um rival nortenho, as vitórias do Sporting diminuíram 5 vezes.
Em 1995, José Roquette lançou o Sporting numa aventura (a SAD) que prometia tudo – independência económica, novo Estádio, Academia, e sobretudo títulos.
Presente
Chegados a 2009, 14 anos depois do passo visionário de Roquette, o Sporting debateu em Assembleia Geral uma proposta colocada como absolutamente necessária – em traços gerais, o SCP terá que abrir mão da SCS para a SAD e promover VMOC’s, para poder contornar a asfixia de juros que o actual plano contempla, e aumentar a disponibilidade financeira para contratações e pagamento de salários no futebol profissional. De uma forma menos técnica, vamos arrepiar caminho (a troco de peso nas decisões e em último caso património) para sermos competitivos para com os rivais. A proposta foi aceite por 74% dos sócios votantes.
Futuro
Sensivelmente 4 meses depois de chegar à Presidência do Sporting Clube de Portugal, com uma meritória votação de 90%, José Eduardo Bettencourt conseguiu a aprovação do ‘seu’ plano de reestruturação financeira, e, segundo palavras do próprio, poderá agora passar a competir com armas semelhantes aos rivais, pelas conquistas das competições nacionais.
Ao contrário do que foi apregoado, conseguiu-se ontem apenas uma parte das condições que poderão permitir a JEB alcançar sucesso à frente do Clube.
Baseado nas mesmas palavras ainda frescas do Presidente, os notáveis que rondam o Sporting há anos a fio, continuam no mesmo sítio. O responsável pelo futebol é o mesmo. O director desportivo é o mesmo. O treinador de futebol e restante equipa técnica mantém-se. O plantel é constituído pelos mesmos jogadores.
Não vejo, objectivamente condições para melhorias no imediato, e surpreender-me-ia se tais ocorressem. Estou receoso que o novo entendimento com a Banca não promova mais bolas efectivamente dentro das balizas contrárias.
O Sporting precisa de uma vassourada para com o passado recente. Precisa de analisar os erros cometidos, e não voltar a repeti-los. Precisa de afastar os abutres nauseabundos que pairam sobre a estrutura. Precisa de um cenário de exigência extrema, independentemente das políticas e orçamentos dos adversários. Precisa de bom futebol, que leve os entusiastas ao estádio. Precisa de valorizar os seus jogadores. Precisa de mais sócios. Precisa de mais adeptos.
Caro JEB, tudo isto não se fará com mais 3 ou 4 milhões de euros anos, que são gastos num fisgar de olhos. Far-se-á com uma ruptura total com a mediocridade instalada.
Como associado, adepto e sobretudo apaixonado, peço-lhe que não desperdice a (última?) oportunidade que ontem os sócios, confiando, lhe ofereceram.
Há mais de 25 anos que o futebol do Sporting anda à deriva. Causas? Culpados? Como é hábito em Portugal, e o Sporting nisto não consegue ser diferente, a culpa morrerá solteira, ou na melhor das hipóteses, envolveremos todos os culpados num vasto saco, que na prática é o mesmo que não culpar ninguém.
Indiscutível será a constatação de que depois de João Rocha, o Sporting não soube nunca mais eleger um Presidente que percebesse de futebol o suficiente para levar o Clube a assumir uma estratégia que honrasse os pergaminhos (e títulos) conseguidos até 1982.
Uma evidência estatística mostra que até 1982 o Sporting Clube de Portugal venceu 34% dos campeonatos nacionais de futebol, e depois disso, apenas 7%. Mesmo tendo em conta que após 82 apareceu um rival nortenho, as vitórias do Sporting diminuíram 5 vezes.
Em 1995, José Roquette lançou o Sporting numa aventura (a SAD) que prometia tudo – independência económica, novo Estádio, Academia, e sobretudo títulos.
Presente
Chegados a 2009, 14 anos depois do passo visionário de Roquette, o Sporting debateu em Assembleia Geral uma proposta colocada como absolutamente necessária – em traços gerais, o SCP terá que abrir mão da SCS para a SAD e promover VMOC’s, para poder contornar a asfixia de juros que o actual plano contempla, e aumentar a disponibilidade financeira para contratações e pagamento de salários no futebol profissional. De uma forma menos técnica, vamos arrepiar caminho (a troco de peso nas decisões e em último caso património) para sermos competitivos para com os rivais. A proposta foi aceite por 74% dos sócios votantes.
Futuro
Sensivelmente 4 meses depois de chegar à Presidência do Sporting Clube de Portugal, com uma meritória votação de 90%, José Eduardo Bettencourt conseguiu a aprovação do ‘seu’ plano de reestruturação financeira, e, segundo palavras do próprio, poderá agora passar a competir com armas semelhantes aos rivais, pelas conquistas das competições nacionais.
Ao contrário do que foi apregoado, conseguiu-se ontem apenas uma parte das condições que poderão permitir a JEB alcançar sucesso à frente do Clube.
Baseado nas mesmas palavras ainda frescas do Presidente, os notáveis que rondam o Sporting há anos a fio, continuam no mesmo sítio. O responsável pelo futebol é o mesmo. O director desportivo é o mesmo. O treinador de futebol e restante equipa técnica mantém-se. O plantel é constituído pelos mesmos jogadores.
Não vejo, objectivamente condições para melhorias no imediato, e surpreender-me-ia se tais ocorressem. Estou receoso que o novo entendimento com a Banca não promova mais bolas efectivamente dentro das balizas contrárias.
O Sporting precisa de uma vassourada para com o passado recente. Precisa de analisar os erros cometidos, e não voltar a repeti-los. Precisa de afastar os abutres nauseabundos que pairam sobre a estrutura. Precisa de um cenário de exigência extrema, independentemente das políticas e orçamentos dos adversários. Precisa de bom futebol, que leve os entusiastas ao estádio. Precisa de valorizar os seus jogadores. Precisa de mais sócios. Precisa de mais adeptos.
Caro JEB, tudo isto não se fará com mais 3 ou 4 milhões de euros anos, que são gastos num fisgar de olhos. Far-se-á com uma ruptura total com a mediocridade instalada.
Como associado, adepto e sobretudo apaixonado, peço-lhe que não desperdice a (última?) oportunidade que ontem os sócios, confiando, lhe ofereceram.

4 comentários:
Brilhante e acutilante. Esta a merecer uma bola com creme! ;-)
Um Abraço Miguel Damas
SL
Boas Miguel,
se for 1post/1 bola, começo a tirar mais tempo para escrever... :)
Abraço
E num instante estas igual ao Miguel Veloso.....lol
Abraço!
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